O governo da República Democrática do Congo declarou um novo surto do vírus ébola após testes confirmarem duas suspeitas. De acordo com nota da Organização Mundial da Saúde (OMS), 21 casos de febre hemorrágica – incluindo 17 mortes – foram registrados em Biroko, uma região de floresta equatorial no país, nas últimas cinco semanas.
O Ministério da Saúde do país explicou que cinco amostras foram enviadas ao Instituto Nacional de Pesquisas Biomédicas (INRB) em Kinshasa, sendo que o resultado de duas delas foi positivo para o vírus ébola. Todos os casos foram registrados no Centro Médico Ikoko Iponge, que, assim como outros hospitais de Biroko, dependem de instituições internacionais para aumentar suas funcionalidades.
“Nossa maior prioridade é ir a Biroko para trabalhar junto do governo da República Democrática do Congo e parceiros, a fim de reduzir a perda de vidas e sofrimentos relacionados ao novo surto da doença”, declarou Peter Salama, director-geral adjunto da OMS. “Trabalhar com parceiros e responder cedo, de forma coordenada, será vital para conter essa doença fatal”.
A primeira equipe da OMS, Médicos Sem Fronteiras e Divisão Provincial de Saúde viajaram nesta terça-feira (8) para a região com o objectivo de aumentar as investigações. “Nós vamos reunir mais amostras, conduzir um controle de pessoas que entraram em contacto com o vírus, engajar as comunidades com mensagens de prevenção e controle e colocar em prática métodos de melhora na colecta e compartilhamento de dados”, disse Matshidiso Moeti, director regional da OMS na África.
Este é o nono surto da doença na República Democrática do Congo desde que ela foi descoberta no país, em 1976. A condição é considerada endémica na região, sendo que o último surto foi registrado em 2017, em Likati, e rapidamente controlada.
Último Segundo