Destaque Centenas de palestinianos protestam na Cisjordânia

Centenas de palestinianos protestam na Cisjordânia

Centenas de palestinianos estão hoje a manifestar-se em várias cidades da Cisjordânia ocupada e já se registaram confrontos com as forças israelitas, um dia depois de várias dezenas terem sido mortos.

Centenas de pessoas estão a manifestar-se nos territórios. As forças de segurança actuam contra os violentos com gás lacrimogéneo”, disse à agência noticiosa espanhola EFE um porta-voz militar israelita.

Os palestinianos assinalam hoje a Nakba (catástrofe em árabe), que consideram ter sido a criação de Israel em 1948 e o consequente êxodo de centenas de milhares de palestinianos, e foi convocada uma greve geral.

A meio da manhã, cerca de 200 palestinianos manifestavam-se junto ao posto de controlo de Beit El, nos arredores de Ramallah, onde se registaram confrontos com as forças israelitas, que causaram pelo menos cinco feridos a tiro, disseram fontes médicas à EFE.

“Estamos aqui a prosseguir a nossa luta, combateremos a ocupação militar israelita (…) Queremos proteger a nossa gente de crimes de guerra”, disse à EFE Isam Bager, um dos organizadores da manifestação.

Segundo o Ministério da Saúde palestiniano, na segunda-feira nos confrontos na faixa de Gaza morreram 60 pessoas, oito delas menores, e 2.771 foram feridas, metade das quais a tiro, incluindo 225 menores.

Recomendado para si:  Corpos em avançado estado de decomposição são encontrados em poço de Chimoio

Também se registaram manifestações em Hebron, no sul da Cisjordânia, onde pelo menos dois palestinianos “foram feridos por fogo real”, indicou a agência noticiosa oficial palestiniana Wafa.

Cerca de 200 manifestaram-se na cidade bíblica de Belém e também houve distúrbios em Tubas, no norte da Cisjordânia, estando ainda programadas manifestações em Nablus, também no norte dos territórios ocupados.

“A nossa tarefa é prestar homenagem aos mártires de Gaza que se mobilizaram ontem (segunda-feira) em manifestações pacíficas”, declarou o governador de Tubas, Ahmed al-Asad.

Entre segunda-feira e hoje, 38 palestinianos foram detidos pelas forças israelitas, 20 deles em Jerusalém durante protestos contra a inauguração da embaixada dos Estados Unidos na cidade, indicou a Wafa.

O reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, consubstanciado na transferência da embaixada que até agora se encontrava em Telavive, é fortemente contestado pelos palestinianos.

Estes reivindicam Jerusalém oriental — ocupada em 1967 e anexada em 1980 — como a capital de um desejado Estado palestiniano.

Notícias ao Minuto