A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Sofala baleou, na noite de sábado, na perna esquerda, um cidadão supostamente pertencente a uma quadrilha que assaltavam viaturas de carga, no troço Inchope-Gorongosa, mas também eram frequentes as investidas deste grupo no distrito de Nhamatanda.
Na mesma ocasião, a corporação deteve outro integrante do bando que responde pelo nome de Manuel António Manguena, sendo que três ainda continuam foragidos.
De acordo com o porta-voz da Polícia em Sofala, Daniel Macuácua, trata-se de uma quadrilha que se dedica a assaltos na via pública, com recurso a armas brancas, e que tem provocado várias vítimas. Eles foram interpelados a tentarem roubar mercadoria num camião em marcha e a corporação reagiu culminando com baleamento na perna de um e detenção de outro.
“Já recebemos várias queixas relacionadas com assaltos a viaturas de carga naquele troço. Foi daí que a corporação efectuou diligências, tendo surpreendido este grupo composto por cinco elementos a tentar assaltar uma viatura de carga e quando o grupo se apercebeu da presença da Polícia iniciou a fuga, o que forçou os disparos que culminaram com baleamento de um”, disse.
Os alegados assaltantes, segundo Macuácua, abandonaram no local catanas, machados, facas e paus, que seriam usados para intimidar as suas vítimas.
Segundo o porta-voz da PRM em Sofala, não era intenção dos agentes da Lei e Ordem balearem o jovem, porém foi a solução encontrada para evitar a fuga dos alegados criminosos surpreendidos pelas autoridades a protagonizar assalto a uma viatura de carga.
Outros três comparsas estão foragidos, de acordo com Policia, estando em curso diligências visando a captura dos suspeitos para serem responsabilizados.
Entretanto, um dos indiciados chama-se Castigo Mateus Semba, de 32 anos de idade, ora baleado, que se encontra hospitalizado no Hospital Central da Beira. Ele nega fazer parte da quadrilha e justifica que no dia em que foi surpreendido pela Polícia estava na companhia de quatros amigos a caminho da igreja onde iam pernoitar em vigília de oração.
“Não sou ladrão. Fui surpreendido pela Polícia e éramos cinco colegas. Estávamos a caminho da igreja onde tínhamos uma vigília de oração. Os meus amigos ficaram assustados quando viram a Polícia e puseram-se em fuga, em direcção às matas. Foi daí que a Polícia atirou contra a minha perna e de seguida levaram-me para posto de saúde de Inchope, onde, depois dos tratamentos e devido à gravidade dos ferimentos, fui transferido para Hospital Rural de Nhamatanda e depois para Beira”, disse.
Diário de Moçambique