Professores de vários subsistemas do ensino na província de Tete estão em greve há cerca de duas semanas, reivindicando o pagamento dos salários e subsídios das horas extraordinárias referentes aos anos de 2016 e 2017.
Afirmam que não vão entregar as cadernetas de notas antes de receberem os seus ordenados em dívida. A Direcção Provincial de Educação e Desenvolvimento Humano naquela região confirma a dívida e pede mais “calma” aos docentes.
Docentes da escola secundária de Tete ouvidos pela DW África disseram que todas as comunicações legais foram efectuadas junto das autoridades competentes, de modo a receberem os seus salários e subsídios em atraso. Mas esgotaram-se as negociações sem que se alcançasse um resultado que agradasse os docentes.
Falando em condição de anonimato, um docente da Escola Secundária de Tete garantiu que não vai entregar as cadernetas de notas aos sector pedagógico como forma de reivindicar o dinheiro em falta.
Questionado sobre a resposta da Direcção Provincial da Educação e Desenvolvimento Humano, o mesmo professor esclareceu: “só dizem que temos que aguardar, que estão a resolver o assunto e que brevemente será pago o dinheiro em dívida. Mas nunca mais chega o dia do pagamento“.
Um outro professor, que também pediu para não ser revelada a sua identidade, apontou o dedo: “Existe dinheiro para pagar aos professores. Mas parece que ao nível da Direcção Provincial [de Educação e Desenvolvimento Humano] não nos querem pagar. Estão sem vontade de fazê-lo. Mas nós iremos exigir a todas vias para recebermos o dinheiro“, garantiu o docente .
DW