O governo distrital de Mocímboa da Praia, anunciou a identificação de dois suspeitos, cujo paradeiro é desconhecido, de organizarem os ataques de um grupo armado contra a polícia, em Outubro.
Ao mesmo grupo é atribuída a autoria de dois homicídios e de um incêndio que destruiu uma aldeia, naquele distrito, na última semana, acrescentou Rodrigo Puruque, administrador de Mocímboa da Praia.
Os nomes dos suspeitos Nuro Adremane e Jafar Alawi, dois moçambicanos, constam de um documento entregue pelo administrador ao governo provincial de Cabo Delgado na última semana e citado pelo jornal estatal Notícias.
O governo distrital refere que ambos estudam doutrinas religiosas na Tanzânia, Sudão e Arábia Saudita, onde alegadamente recebem treinos militares e aprendem a manusear armas de fogo e armas brancas, tudo fora do controlo das instituições formais.
Segundo o administrador, o grupo continua por eles encabeçado continua activo na região e terá sido responsável por dois homicídios e ferimentos noutras duas pessoas na aldeia de Mitumbate, na última semana, onde terão ateado um incêndio que destruiu 27 casas.
O ataque de um grupo armado a postos de polícia em Mocímboa da Praia sitiou a vila durante dois dias, a 04 e 05 de Outubro, e prolongou-se na forma de conflitos esporádicos pelo resto do mês nos arredores.
No balanço, morreram pelo menos dois agentes e outros quarto elementos das forças de segurança, além de um número incerto de atacantes que diferentes dados das autoridades colocam acima das 10 vítimas.
Os ataques motivaram a transferência preventiva, com recurso a helicópteros, de pessoal de empresas ligadas a investimentos de gás natural na região, disseram no à Lusa no local fontes ligadas à operação.
A empresa petrolífera Wentworth, que está a realizar prospecção na zona, anunciou aos investidores em Novembro que adiou algumas operações ligadas à abertura de um novo furo devido aos incidentes.
AIM