Sociedade Jovem detida em por prática de burla em Maputo

Jovem detida em por prática de burla em Maputo

As entidades que garantem a segurança e a ordem públicas e combatem infracções à lei detiveram uma jovem de 23 anos de idade suspeita de envolvimento na burla de 17 pessoas, através de cobranças de dinheiro, prometendo trabalho que nunca mais se concretizou.

A indiciada, presa na 16ª esquadra das Polícia da República de Moçambique (PRM), no bairro 25 de Junho, em Maputo, agia em conluio com o seu primo, ora em parte desconhecida, mas alegou que não sabia que se tratava de uma burla.

Segundo contou a jornalistas e à corporação, o primo dela telefonou-lhe dizendo que pretendia lhe dar trabalho, uma vez que era desempregada.

Para lograr os seus intentos, o aludido parente fez-se passar por gerente de um restaurante situado no bairro da Costa do Sol e que estava em processo de início de actividades. Um dos jovens lesados narrou que a cidadã detida, manteve vários contactos telefónicos com ele, inclusive a altas horas da noite, no sentido de exigir dinheiro e “pedir para eu procurar outras pessoas que precisam de emprego”.

Vários outros indivíduos foram também vítimas das referidas artimanhas.

A miúda sempre tinha desculpas para não nos levar até as pessoas que pretendiam nos recrutar. Eu comecei a desconfiar e um dia desloquei-me até Costa do Sol para tentar localizar os restaurante que estava prestes a abrir. Quando lá cheguei descobri que não havia nenhum restaurante pronto para abrir, mas sim, todos funcionavam normalmente há muito tempo”, disse uma jovem prejudicada.

A visada disse, em própria defesa, que a sua tarefa da jovem era arranjar gente interessada no trabalho e as vagas publicitadas eram de cozinheiro, recepcionista, limpeza, entre outras.

Ele [o primo] disse que eu teria um vencimento mensal de oito mil meticais, mas no seu local de trabalho os chefes queriam dinheiro” para admitir funcionários.

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Os valores exigidos às pessoas que procuram pelo suposto trabalhado variavam de 2.000 e 3.000 meticais, mas quem não estivesse em condições de desembolsar um desses montantes podia pagar 1.000 meticais.

Incansável, mesmo supostamente receber o dinheiro que lhe foi prometido, a jovem encontrava sempre alguém disposto, até a endividar-se, a ter uma hipotética ocupação rentável ao fim de cada mês.

Após recolher os documentos de candidatura, a rapariga ora detida encontrava-se com o primo algures na Avenida Eduardo Mondlane. Porém, tudo não passava de uma trapaça.

Quando me apercebi de que já eram muitas pessoas”, que nunca mais tinham o emprego, “eu perguntei a ele [o primo] se seria possível admitir tanta gente” de uma só vez. A resposta foi de que ninguém devia se preocupar porque estava tudo acautelado.

Para evitar suspeitas, o jovem implicado neste caso levou a miúda para o referido restaurante que precisava de empregados, para que ela visse tudo in loco e convencesse as pessoas a ter paciência.

Ele levou-se ao Taverna, mostrou-me o espaço, sentámos e conversámos. As pessoas [candidatas] sempre telefonavam para mim” a procurar saber quando é que iriam começar a trabalhar porque já passava bastante tempo.

Em vez de trabalho prometido, o indivíduo inventava sempre desculpas para continuar a serenar os ânimos dos burlados.

A última vez a jovem angariou mais uma candidato, teve o azar de ser detida pela Polícia, com o currículo vitae de um dos injustiçados na mão.

A PRM disse que já foi aberto um processo-crime com vista à responsabilização da indiciada e está-se no encalço do primo foragido.

@Verdade