Economia Juristas questionam empresas de Rui Chong Saw

Juristas questionam empresas de Rui Chong Saw

Rodrigo Rocha não tem dúvidas de que tanto o edil de Nacala-porto quanto os gestores da Petromoc estão em conflito com a lei.

Estamos perante uma total improbidade de ambas as partes. É uma violação à lei que merece censura, quando vier a apurar-se o saldo de enriquecimento no final do mandato, quer do presidente do município de Nacala quer dos titulares de órgãos sociais da Petromoc que contrataram a empresa (Trans Ruccis Phoenix)”. Por sua vez, o jurista Elísio de Sousa alerta que havendo um conflito de interesses patrimoniais, os gestores podem estar a praticar o crime de participação económica em negócios. “Neste caso, os gestores estarão não só a atropelar a Lei de Probidade Pública, mas também a praticar um crime previsto no Código Penal e punido com uma pena que vai até oito anos de prisão maior”, disse, sublinhando que, nestes casos, sobressai a infracção penal.

Sete empresas em dois anos

Desde que tomou posse, em Fevereiro de 2014, Rui Chong Saw criou sete empresas baseadas em Nacala, sendo quatro sociedades unipessoais e três sociedades por quotas. Olhando para o seu objecto social (obras públicas, reparação e construção de estradas e pontes, limpeza e gestão de resíduos sólidos, organização de eventos, etc), há maior probabilidade de as empresas prestarem serviços na área de jurisdição do próprio edil de Nacala.

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Há mais de um mês que “O País” tem estado a contactar o edil de Nacala-porto para reagir ao assunto, porém, Rui Chong Saw tem-se mostrado indisponível, referindo que vai posicionar-se a qualquer momento.

O País