Sociedade Detidos três funcionários por desvio de fundos em Sofala

Detidos três funcionários por desvio de fundos em Sofala

Três funcionários públicos, afectos aos Serviços Distritais da Saúde, Mulher e Acção Social de Nhamatanda, província de Sofala, estão detidos desde o dia 25 de Abril, indiciados do crime de desvio de fundos.

Os suspeitos são Dito Benjamin, chefe dos Recursos Humanos; Daniel Coff, chefe da Contabilidade; e Erica Cândido, agente da Medicina Geral, que se encontram detidos na Cadeia Central da Beira, acusados  do desvio de 340.198,64 meticais dos cofres do Estado.

Segundo informação avançada ao “Diário de Moçambique” pelo porta-voz do Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Sofala (GPCC), João Filipe Chaua, os indiciados, para alcançarem os seus objectivos, defraudaram o sistema de pagamento de salários aos funcionários (E-SISTAFE) durante o exercício económico de 2016.

Deste valor, Dito Benjamim beneficiou de 236.560,75 meticais; Daniel Coff ficou com 63.161, 80 meticais; e Erica Cândido com pelo menos 13.476 meticais.

A fonte soube que os três acusados aproveitaram-se dos cargos que ocupavam para acessar às senhas do E-SISTAFE e retirar dinheiro dos salários de seus colegas para benefício próprio.

João Filipe Chaua afirmou que a detenção dos três funcionários seguiu-se a uma sindicância feita pela Direcção Provincial de Economia e Finanças de Sofala, tendo já esta instituição  remetido o correspondente relatório ao Gabinete Provincial de Combate à Corrupção, como órgão especializado do Ministério Público para prevenção e repressão de actos que consubstanciem práticas ilícitas.

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Para João Filipe Chaua, na sequência dos indícios do crime de desvio de fundos, punível pelo artigo 514, número 1, da alínea “d”, do Código Penal, cujo processo está na sua fase de instrução preparatória, os acusados poderão ser penalizados com 8 a 12 anos de prisão maior.

“Para chegar-se à detenção foi feito um trabalho árduo. Os autores foram investigados e constatou-se que existem fundamentos claros para que sejam detidos. Neste momento, o processo está sendo lavrado para ser levado ao juiz que, por sua vez, poderá decidir qual será o seu desfecho”, disse.

Ele apelou aos funcionários públicos e privados a quem foram confiadas senhas de determinados serviços para pautarem pelo princípio de legalidade, seguindo as regras estatuídas.

Jornal Notícias