Sociedade Alunos obrigados a desentupir fossa séptica

Alunos obrigados a desentupir fossa séptica

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Alunos do Instituto de Formação de Professores (IFP), na cidade de Nampula, queixam-se de serem obrigados, de forma sistemática, a desentupir, com recurso a baldes, a fossa séptica da instituição, pondo em risco a sua saúde.

Alguns formandos que denunciaram o facto ao “Notícias” contaram que realizam tal trabalho numa periodicidade semanal, desprovidos de qualquer protecção.

Descreveram que o ambiente circundante, no centro internato, fica poluído pelo mau cheiro dos dejectos humanos, de tal forma que chegam a abdicar das refeições ali servidas.

Aliás, os alunos dizem que já não suportam a situação e acham que aquele trabalho já não deve ser manual, impondo-se ao uso de equipamentos adequados.

Os alunos disseram que se submetem ao trabalho por temerem a expulsão da escola e, por essa via, a sua formação.

Um dos pais e encarregados de educação que falou ao “Notícias”, disse ter ficado chocado quando o seu educando o telefonou a chorar, para informar que na altura estava a remover, com baldes e sem meios de protecção, as fezes da fossa séptica.

Na cidade de Nampula há meios especializados para este tipo de trabalho. Não podemos continuar a trabalhar nestas condições”, disse.

Entretanto, o director do IFP de Nampula, Ussene Amade, confirmou o episódio e reconheceu os riscos associados à falta de material de protecção. Disse que tal aconteceu uma vez e que ele próprio participou porque era um problema pontual.

Questionado sobre a não contratação de uma empresa especializada na prestação deste tipo de serviço, Amade justificou que os procedimentos para a contratação das empresas levam muito tempo.

Jornal Notícias