As mais de 20 toneladas de trigo a granel, ora apreendidas, tinham sido baldeadas em Messica do comboio por eles tripulado, proveniente da cidade da Beira, com destino ao vizinho Zimbabwe.
“Confirmamos o produto e fomos ao local onde foi recuperado. A equipa deslocou-se à estação de Machipanda para presenciar in loco a composição do próprio comboio e verificamos, de facto, que alguns vagões estavam com défice do produto retirado”, afirmou, este domingo, em Messica, o representante dos CFM-Centro em Manica, Luís Jaime Jone, citado pelo “Diário de Moçambique”.
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Segundo Jone, quando há uma ocorrência do género, solicita-se a tripulação e a equipa de segurança que acompanha o comboio para averiguar. “Chegamos à conclusão que o produto foi extraído do comboio”, sublinhou.
O representante da empresa CFM-Centro disse que “tivemos informação através da Polícia da República de Moçambique do posto de Messica de que no dia 25 de Fevereiro teria havido recuperação de trigo a granel que tinha sido baldeado de comboio. Foi daí que nos aproximamos a fim de sabermos o que tinha sido feito”.
Aquele responsável acrescentou que não se trata do primeiro caso esse, “pois tivemos um no povoado de Revue, em Dezembro, onde foram extraviadas quantidades não especificadas de milho e trigo e ocorreu outro em Zimpinga, distrito de Gondola, em que foram retirados 210 sacos de arroz de 50 quilogramas cada, no dia 2 de Janeiro, os quais seguem os seus trâmites legais. A avaliação de prejuízos não está ainda concluída”.
No entanto, tanto a equipa de maquinistas, o condutor de comboio, assim como a de escolta, negam que o trigo a granel que seguia sob sua responsabilidade tivesse sido violado e que “chegou ao destino em boas condições”.
Por seu turno, a porta-voz do Comando Provincial da PRM em Manica, Elsídia Filipe, afirmou que os cinco nacionais, que adquiriram o produto roubado, os quais estavam sob custódia policial, são parte integrante deste processo e só os resultados das investigações em curso é que ditarão o seu destino final, relativamente ao caso.
Na sequência da operação, que culminou com a apreensão do trigo em causa e quatro camionetas, que estavam a proceder ao transporte do produto desviado, alegadamente alugadas para o efeito, já devolvidas aos proprietários, cinco supostos donos da mercadoria, tentaram subornar ao comandante do posto policial de Messica, António Massaite, com 60 mil meticais, para que tudo acabasse assim.
Johoane Albino Rupia, proprietário de duas das quatro camionetas então apreendidas, entrevistado no posto policial de Messica, onde se encontravam parqueadas, dissera que nada sabia sobre a proveniência do trigo em causa, pois que fora contactado “pelos donos da mercadoria” para transportá-la para a vila, num percurso de cerca de 10 quilómetros, ao preço unitário de dois mil meticais.
AIM
