O porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Tete, Luís Núdia, não confirmou a ocorrência, mas garantiu que vai inteirar-se do caso, para iniciar imediatamente com as operações de busca e captura dos presumíveis criminosos.
A nossa fonte soube que o malogrado, identificado por apenas Santos, recebeu uma chamada telefónica de pessoas que simularam que queriam cambiar elevadas somas de dólares norte-americanos com o metical, sugerindo-lhe que fosse a um lugar que indicaram, como tem acontecido, quando se trate de valores elevados.
Foi dito pelos criminosos que ele deveria levar grandes valores até ao local. Por isso, não se sabe o valor real que foi saqueado, mas dizem que é muito elevado. Uma vez que os cambistas costumam ser solicitados por pessoas conhecidas para o efeito, ele não hesitou em entrar no seu carro e seguir ao encontro eles, contou Mateus João, que hoje foi ao encontro dos familiares do finado, que era seu vizinho.
Mateus João contou que chegado ao local, os criminosos ‘regaram’ o peito do cambista com três balas de pistola. Depois de saquearem todo o dinheiro que levava, abandonaram a vítima no seu carro.
Foram outros cambistas que descobriram que Santos estava morto, depois de terem ido ao seu encalço, após terem notado que ele nunca mais regressava ao seu posto de trabalho.
Os cambistas de Mussacama não afastam a hipótese do seu colega ter sido morto por conhecidos que sempre faziam o câmbio com ele, disse Mateus João, explicando que essa suposição parte do princípio de que os criminosos só saquearam o dinheiro e telemóveis, deixando a viatura e o corpo abandonados na berna da estrada.
De Mussacama, um entrocamento, pode-se chegar às fronteiras (com Malawi) de Zóbue, através da Estrada Nacional número sete (EN7), e a de Calomue, através da EN 304, que passa pela vila de Ulónguè, em Angónia.
O facto de estas estradas ligarem a fronteira com Malawi faz com que em Mussacama haja muitos cambistas, tanto de Moatize, como de outras regiões da província de Tete, explicou Mateus João.
AIM