O documento, segundo o Notícias, que integra um código de conduta visa disciplinar e responsabilizar os tripulantes dos chamados chapas, uma vez que após um certo número de denúncias ou constatações de mau comportamento, tanto em relação ao Código de Estrada, Postura Municipal de Trânsito ou outras normas, incluindo falta de respeito para com os passageiros, o motorista e/ou cobrador poderá ser impedido de exercer.
Actualmente, nem que as queixas da má educação, condução ou outros males dos tripulantes cheguem ao dono da viatura, o máximo que pode ocorrer é despedimento da dupla. Entretanto, não havendo como controlar, no dia seguinte os dois podem ser contratados por um outro empresário do ramo, continuando com as mesmas atitudes.
João Matlombe, vereador municipal de Transporte e Trânsito na capital, disse ao Notícias que o projecto de licença de actividade, uma espécie de carteira profissional, já foi discutido a nível do Concelho Municipal, devendo ser submetido à Assembleia, onde poderá ser debatido e provavelmente aprovado neste segundo semestre.
A ideia base do instrumento é disciplinar os condutores e cobradores dos chapas, sobre os quais recaem inúmeras queixas de humilharem os passageiros, de prestarem um mau serviço público e exercerem a sua actividade de forma perigosa para os demais automobilistas que se fazem às estradas.
Se as irregularidades chegarem à retirada da licença de actividade, o condutor ou cobrador fica irradiado do serviço para sempre, pelo que a fonte acredita na eficácia do dispositivo.
A Matlombe garantiu que o projecto de adopção do documento já foi partilhado com a Associação de Motoristas, uma agremiação nova mas que já representa os interesses da classe, que diariamente responde pelo transporte de milhares de cidadãos das suas zonas de residências aos postos de trabalho e vice-versa.
O vereador disse que esta medida é uma das várias que o município tem em manga para corrigir o funcionamento do sistema de transporte na urbe, cuja qualidade degrada-se anualmente.
AIM
