Destaque Na Maxixe: O Edil e Chefe da Bancada do MDM trocam acusações

Na Maxixe: O Edil e Chefe da Bancada do MDM trocam acusações

A III Sessão Ordinária do Conselho Municipal da cidade da Maxixe, que decorreu na quarta-feira (11), foi caracterizada por troca de acusações entre o chefe da bancada do Movimento Democrático de Moçambique e o Edil da cidade da Maxixe.

Durante a sua intervenção, José Seniquinha preferiu voltar ao passado para falar sobre a realidade dos dirigentes do Conselho Municipal da Maxixe. Na sua abordagem recordou o caso do esquema de corrupção e a alegada detecção do edil da cidade Simão Rafael na última segunda-feira.

Seniquinha acusa o edil de ser corrupto e de estar usar o poder para os interesses pessoais para além de ser nervoso e arrogante. “A urbe está a ser assolada por galopantes escaladas de escândalos de lesa a pátria se não vejamos primeiro fomos surpreendidos por informações bombásticas publicadas no Jornal Magazine, segundo a qual o edil da Maxixe e o vereador para a área da urbanização infraestrutura, ordenamento territorial construções e estrada, estavam envolvidos em esquemas de corrupção no epicentro do qual estava a empresa de construção civil denominada FAITH construções cujo empreiteiro é o senhor Ricardo Jone. Apesar de a direcção do município se ter multiplicado em tentar desmentir informação juntos das autoridades locais, porém há alguns aspectos que carecem de ser explicados como são os casos dos 10% que a UGEA, exige aos vencedores dos concursos públicos para que lhes sejam adjudicadas as obras. A bancada do MDM foi até ao gabinete do combate a corrupção onde foi informada ter sido aberto um processo-crime por iniciativa do empreiteiro tendo os mesmos membros do MDM prestado declarações ao processo a pedido daquele gabinete. Novamente somos surpreendidos com informações segundo as quais o edil e o seu vereador estiveram detidos por tentativas de assassinato contra o primeiro secretário do partido Frelimo e agressão contra o comandante da PRM, aliás esta informação já circulava nos sms, facebook antes de ser publicado nos jornais”.

Por sua vez o edil da cidade da Maxixe, que depois de ouvir as acusações não conseguiu se conformar, onde de forma arrogante deu o troco acusando o chefe da Bancada do MDM de académico sem conhecimento e ambicioso. Em auto defesa, Simão Rafael declara-se inocente perante os casos de corrupção e atentado contra a vida do primeiro secretário tendo pedido que José Seniquinha apresentasse provas que o incriminam, aliás Simão Rafael defende ainda que é necessário que os munícipes, assim como os membros das bancadas aguardem pela decisão do gabinete do combate a corrupção para provar se realmente está envolvido ou não em todos os casos em que é acusado.

Gostaria que tratássemos de aspectos que estamos a ser propostos, porque parece que alguns membros da assembleia têm tendência de provocar mal-estar na assembleia. Acredito que a bancada do MDM está a espera de eleições em todo momento, acredito que os munícipes fizeram bem em não escolher pessoas com muitas dificuldades de fazer interpretações do jogo democrático e de tudo o que estão a dizer.

Esquema de corrupção

O membro da banca do MDM diz que foi no gabinete do combate a corrupção que entregou as provas, e depois diz que lá no GCA dizem que nos relatórios não encontraram nada de relevante, conclui que não há corrupção no município da Maxixe, mesmo assim prefere não concordar com o relatório do GCA e ele quer acreditar naquilo que o jornal dele escreveu que há corrupção, estão a ver como as coisas funcionam? Ele mesmo (Seniquinha) é que apareceu na televisão a falar, agora diz que é Jornal Magazine Independente.

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Ele dizia que o presidente não é merecedor do cargo é corrupto e eu que tinha ouvido falar, ele é advogado, é jurista é um economista, a partir de agora estou com muitas dúvidas em relação aos diplomas que ele tem.

Ele sabe que quando um caso está em investigação, a pessoa goza de presunção de inocência até que os factos sejam provados, agora está negar as investigações feitas pelo combate a corrupção e diz que acredita no jornal, se o jornal escrevesse que aquela casa do primeiro andar que está a construir é dinheiro do MDM passaria a ser verdade a partir desse dia. Eu penso que devemos ser humildes e respeitarmos mutuamente porque todos nós vivemos aqui no mesmo município.

Tentativas de assassinato contra o primeiro secretário do partido Frelimo

Como é que diz que o gabinete do combate a corrupção e a procuradoria não agem e deixam corruptos ou ladrões a passearem a vontade ao ar livre? É preciso na algum momento respeitar os outros, o objectivo é denegrir a imagem do outro.

O membro do MDM diz há acusações de que vai se matar o primeiro secretario do partido Frelimo, quer dizer o primeiro secretário da Frelimo agora é do MDM? A preocupação maior agora é do MDM não seria a própria Frelimo que estaria preocupada? Não seria um voto contra o MDM, estão a quer dizer que há uma ligação entre o primeiro secretário e o MDM para fazerem mensagens a denegrirem a imagem dos dirigentes? Onde é que há relação entre o primeiro secretário, MDM e o Magazine Independente?

Então chefe, é melhor falar coisas que apresentem provas porque estamos num órgão e fica mal que nós façamos acusações porque partimos do jornal, se quiséssemos seguir coisas de jornais estariam detidos muitos moçambicanos. Mesmo eu se quiser posso escrever alguma coisa e publicar no facebook e quem ver achar que é verdade enquanto não é.

10% dos valores cobrados pela UGEA aos empreiteiros

Esta era uma oportunidade para que o membro do MDM apresentasse provas, agora dizer que os 10% acontecem na UGEA, eu trabalho na UGEA? Você viu e deixou acontecer? É na UGEA da Maxixe ou de todo o país? Eu já ouvi tantas coisas sobre os 10%, mas nunca vi alguém a entregar dinheiro de 10%. No dia que eu ver hei-de mandar deter, porque aqui no município da Maxixe não é preciso nenhum valor para ganhar as obras, se alguém está a fazer isso, está a fazer por conta e risco próprio, mas também não é verdade porque nunca recebi nenhum empreiteiro a vir reclamar que foi exigido os 10%.

O edil da cidade Maxixe e o chefe da bancada do MDM trocavam acusações durante a III sessão do conselho Municipal que terminou com a aprovação da segunda revisão do orçamento económico 2015 com a votação apenas da bancada maioritária da Frelimo.

Anastácio Marcelino