Um grupo de trabalhadores, de nove elementos da cadeia de lojas Shoprite, na cidade de Maputo, denunciou a imprensa maus tratos de que são vitimas eles e outros colegas por parte de elementos da Gerência do supermercado, com envolvimento de agentes da Polícia da República de Moçambique afectos à 6.ª Esquadra.
De acordo com o grupo, num desses dias depois da fecho das contas, alguns colegas são submetidos a interrogatórios e mas tarde serem algemados e levados à 6.ª Esquadra da PRM, no bairro da Malhangalene, cidade de Maputo, o caso mais recente deu-se na última sexta-feira, quando cinco trabalhadores foram algemados e levados à esquadra, de onde só viriam a ser libertos após intervenção dos respectivos familiares.
Da Gerência os trabalhadores receberam a informação de que haviam cometido crime de roubo, facto que segundo estes não constitui a verdade pois as contas do dia nunca apresentam problemas, e mesmo que tivesse feito este não é o procedimento correcto. “Quando uma infracção que podia caber um processo disciplinar é punida com algemas e detenção ficamos todos receosos e achamos que alguém de direito tem de intervir para garantir os direitos dos trabalhadores da Shoprite”, explicaram os trabalhadores.
Os trabalhadores, acusam também a Polícia destacada para aquele centro comercial de aceitar receber produtos, sobretudo sumos, em troca do que eles acatam ordens ilegais dadas pelo gerente regional do Shoprite, um cidadão de origem sul-africana identificado pelo único nome de George.
Face às acusações, o “Notícias” tem tentado desde a segunda-feira sem sucesso contactar a gerência do super mercado.
