A população do distrito de Eráti e Chiúre, nas províncias de Nampula e Cabo Delgado, respectivamente, estão a ser aterrorizadas por um suposto hipopótamo que circunda-os há mais de um mês.
De acordo com autoridades e população local, o hipopótamo é um fantasma de um cidadão que foi enterrado, mas logo depois, seu túmulo encontrava-se aberto.
“O hipopótamo que é perseguido é o fantasma de um cidadão que em vida respondia pelo nome de Nabrinco. Ele era pescador no rio Lúrio e conseguia quantidades consideráveis de pescado que vendia nos mercados de Marrera e sede do posto de Ocua”, explicou o director do Serviço Distrital de Actividades Económicas em Eráti, Jacinto Nanvare.
“No dia do funeral daquele pescador a comunidade afluiu em massa, mas em menos de 24 horas fomos surpreendidos com a informação de que o coval onde fora sepultado o corpo de Nabrinco encontrava-se aberto. Foi a partir daquela data que começamos a ouvir falar da presença de um hipopótamo numa lagoa conhecida por Marririne, cuja origem é associada ao pescador falecido”, acrescentou Navare.
Um facto curioso é que “para os que mostram interesse em ver o hipopótamo na lagoa de Marririne, é preciso mobilizar mais de cinco raparigas a tocar tambores ou latas nas margens e seguidamente o animal emerge. Se no grupo de raparigas estiver infiltrado um rapaz o hipopótamo não emerge”, contou Manuel Nanquite.
O malogrado, que era um pescador, teria apelado à sua esposa para que em caso de doença não o levasse ao hospital, mas a um determinado curandeiro. Sua esposa não acatou com o pedido, e a punição foi a morte.
