Mediadores do diálogo político entre o governo e a Renamo, apelam as partes envolvidas a discutirem assuntos previstos na agenda dos pontos constituintes, em substituição de acusações que se registam nas últimas rondas de negociação.
Falando esta segunda-feira após a 103ª ronda negocial com mais de 2 anos, o integrante da equipa de mediadores nacionais, Dom Dinis Sengulane, mostrou-se preocupado com a lentidão que este processo regista.
É pela segunda vez em poucos meses que os facilitadores do diálogo intervém para manifestar o seu descontentamento pelo rumo que o processo transcende nas últimas rondas, pois ao que tudo indica, as partes tem discutido questões fora de agenda, sobretudo troca de acusações.
“Continuamos a apelar aos líderes envolvidos neste diálogo a substituição de acusações e desconfianças por uma atitude de reconhecimento e confiança mútua que não estejam baseadas nas afiliações partidárias, pois o primordial é debater os assuntos previstos na agenda”, disse.
Apesar do insucesso Sengulane, em representação da equipa reiterou continuar firme neste diálogo para o alcance dos objectivos que se esperam.