O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, afirmou nesta sexta-feira, em Chimoio, província de Manica, que não há motivos para recuar na exigência da criação das províncias autónomas, por considerar que o projecto serve às populações das províncias onde obteve maioria dos votos nas eleições de 15 de Outubro.
“Tenho à população. Não fechar estradas, não correr com o governador, não correr com o administrador, mas até quando?” questionou Dlhakama, em declarações à Lusa.
Dlhakama, convidou o actual governo a fazer uma reflexão o quanto cedo, embora não tenha revelado o que estaria por vir caso os impasses continuem entre as partes.
“Dei dois meses para que de facto o povo começasse a ver a governação. Os dois meses significam 60 dias de renegociação com o regime da Frelimo, e quero acreditar que a Frelimo também não queira de facto violência, porque o problema não é de Dhlakama, é da população destas províncias”, avisando os dirigentes da maioria para que “reflitam enquanto é cedo”, alertou.
Por outro lado, o líder voltou a manifestar-se disponível para um acordo com o Governo, acreditando que o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, também está contra a violência e nada está ainda perdido.
“Não há motivos para recuar na exigência da criação das províncias autónomas, acrescentou.