A Renamo voltou a exortar ao governo moçambicano para que através dos seus representantes máximos como o presidente da república/primeiro-ministro se desloquem a vizinha África do Sul para se inteirar melhor sobre a situação actual de violência xenófoba contra cidadãos estrangeiros que se vive naquele país.
Falando à margem do parlamento em representação a bancada da Renamo, Saimone Macuiane, considerou a xenofobia um assunto urgente e de carácter nacional que carece uma intervenção rápida.
“Até Malawi enviou o seu presidente à África do Sul e nós mandamos a nível mais intermédio e não ao nível mais alto. O primeiro-ministro não foi a África do sul para se inteirar”, disse.
Por sua vez o primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, esclareceu que, face a esta situação, o governo ao mais alto nível, na primeira hora, estabeleceu contactos com as autoridades sul-africanas manifestando profunda preocupação e condenação aos actos de violência, tendo solicitado a aquele executivo a garantia de segurança e protecção das comunidades moçambicanas residentes naquele país.
Ora, o ministro garantiu que até o momento, foram repatriados pelo governo cerca de 500 moçambicanos, sendo 1900 cidadãos regressaram com meios próprios, e está em curso o processo de encaminhamento dos repatriados para os destinos finais predominante as províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala e Manica.
Refira-se que o governo sul-africano instalou nesta semana, forças do exército nas zonas com mais incidência de ataques xenófobos contra cidadãos estrangeiros.