O pedido de constituição de um Governo de Gestão, feito pelo partido Renamo alegando fraude, foi recusado pelo presidente da República, Armando Guebuza, na passada sexta-feira (05). Já o líder da perdiz, Afonso Dlhakama, reiterou que não irá falar mais sobre o assunto, ameaçando criar seu próprio executivo para governar as províncias onde foi vencedor das últimas eleições realizadas no dia 15 de Outubro.
O presidente da República, Armando Guebuza, em resposta ao pedido formulado pela Renamo, sobre uma possível criação de um Governo de Gestão ou seja, Governo da Unidade Nacional, considerou tratar-se de uma anarquia e inconstitucionalidade.
Aliás, para o estadista moçambicano, só governa o partido que venceu às eleições realizadas no passado dia 15 de Outubro, reiterando, no entanto, a validação dos mesmos pelos órgãos competentes a esta matéria.
Guebuza reiterou ainda, que as recentes eleições não foram fraudulentas como os partidos da oposição consideram. “Quando chegamos ao fim de um resultado eleitoral e encontramos um partido que ganhou, e aquele que não ganhou não gosta e, portanto, quer que se faça um Governo de unidade nacional ou Governo de Gestão, isso é anarquia.“Acha que eu posso mentir aos moçambicanos? Digo aquilo que eu penso e é isso, as eleições de 15 de Outubro último não foram fraudulentas”, disse o estadista citado pela AIM.
Ainda na semana finda, o Conselho Constitucional (CC), chumbou o recurso apresentado pelo principal partido da oposição de Moçambique, Renamo, referentes as alegadas fraudes que caracterizaram as eleições realizadas recentemente no país, e que este partido pediu que as mesmas fossem invalidadas e repetidas.
No entanto, o máximo órgão de soberania nacional, chumbou o recurso apresentado pela perdiz, alegando que a Renamo submeteu a queixa no lugar errado, ou seja, tinha que ser submetido nos tribunais distritais.
Dlhakama, mudou de discurso, sendo que ao invés de querer criar o Governo de Gestão, prefere governar as províncias onde sagrou-se vencedor. “Já não irei falar mais do Governo de gestão a partir de hoje. Nós vamos tentar governar todo o Moçambique. Se a Frelimo gingar com certeza, nós iremos governar as províncias em que nós ganhamos”, reafirmou.
