Destaque Fecalismo a céu aberto ainda persiste no Norte do país

Fecalismo a céu aberto ainda persiste no Norte do país

As Autoridades Municipais da zona norte do país, anunciaram ontem, que a prática do fecalismo a céu aberto, ainda persiste, mesmo com as várias actividades de sensibilização que tem sido levadas a cabo pelas mesmas, de modo a contrariar o fenómeno, ainda continua um caos para se eliminar na totalidade.

O fecalismo a céu aberto é um fenómeno visível em todo o país, visto que muitos munícipes ao invés de usar casas de banho ou mesmo uma latrina melhorada, preferem defecar em lugares impróprios, principalmente nos becos, ruas, contentores de lixo, aliás, esta prática não é vista apenas em zonas suburbanas, até mesmo nas capitais provinciais.

Esta prática, além de ter como reflexo a negligência, também encarrega-se de hábitos culturais, dos munícipes. Analisando no sentido mais crítico, a zona norte do país, é considerada como a pior de Moçambique, sendo que as restantes, tem sido um, em cada dois casos, não chegando a ter tanto impacto, como na província de Nampula.

Questionado o Edil do Município de Nampula, Mahamudo Amurane, considerou a prática ainda longe de se eliminar, pelo facto desta, estar carregada de elementos culturais dos nampulenses. Mas garante que tudo está sendo feito para se contrariar a situação. “Nós como a autoridade municipal, temos levado várias actividades de sensibilização e construção de latrinas melhoradas nos vários bairros desta autarquia”, considerou.

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“Com os trabalhos que temos feitos, pelo menos, tem verificado melhorias, visto que as pessoas estão a abandonar o céu aberto para as latrinas. O grande desafio para nós, é fazer perceber a comunidade que, esta prática, é prejudicial para a saúde humana”, explicou Amurane, realçando que, com tempo, as pessoas irão reter a nossa ideia.

Em alguns bairros periféricos da cidade de Nampula, dispor de uma latrina é um luxo, e para fazerem as suas necessidades maiores, recorrem aos riachos ou a beira da praia, durante o dia como à noite.

Para o caso do Município de Ilha de Moçambique, o Edil, Saide Abdurremane Gimba, defende que, no seu município, a situação tende a melhorar, tem-se registado algumas mudanças. “Nesta Cidade, o fecalismo a céu aberto, é uma questão que está a passar para história, os munícipes estão a ver a desvantagem desta prática. Neste momento, a população está consciencializada em usar sanitários, além disto, investimos em sanitários públicos”.

Gimba, considera como grande desafio, a sensibilização e a construção de mais sanitários nos bairros, para que as praias, riachos, entre outros lugares, estejam livres desta prática que na província de Nampula, é considerada como um hábito e costume cultural.