As províncias de Maputo, Sofala, Nampula e Zambézia são as escolhidas pela Ordem dos Advogados de Moçambique para a observação do processo eleitoral para a corrida as eleições presidências e para Assembleias províncias. O processo será encabeçado por 23 advogados nacionais e sete estrangeiros, como forma de averiguar e garantir que não haja roubo de votos.
Este pronunciamento foi avançado pelo Bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique, Tomás Timbana, que na ocasião afirmou que o processo de escolha destas quatro províncias deveu-se à densidade populacional, o número de eleitores, bem como o número de mandatos que estas províncias elegem para a Assembleia da República e para as Assembleias Provinciais e, também, por tratar-se de províncias que podem decidir a eleição do próximo presidente.
Para o efeito, o Bastonário explicou que “sendo a primeira vez que participamos no processo de observação eleitoral, vamos contar com o apoio da Ordem dos Advogados da África Austral (SADC Loyer Association), que tem larga experiência na matéria”, tendo referido que esta associação participou da observação de eleições no Zimbabwe, África do Sul, Namíbia, Swazilândia e Malawi.
“Tratando-se de uma primeira fase, não podíamos englobar vários advogados, mas vamos também contar com o apoio dos nossos, incluindo estagiários. Portanto, no todo, serão 30 (trinta) advogados”, esclareceu Timbana.
Para o Bastonário, a media visa controlar passo-à-passo o escrutínio eleitoral nestas quatro províncias que, por sinal, serão as primeiras a serem beneficiadas. Isto ajudará na observação dos resultados afixados em cada mesa de voto para averiguar o resultado a ser anunciado, depois da contagem de votos.
O Chefe da Missão da Observação eleitoral, João Carlos Trindade, afirmou que a comissão vai observar o momento da contagem dos votos depositados na urna e depois do apuramento do resultado. Disse ainda que o objectivo é estar presente, observar e contribuir para o garante da credibilização do processo, promovendo a confiança dos eleitores no seu exercício cívico.
“Nós vamos exercer a nossa missão, como forma de garantir que os candidatos que reclamam o roubo de votos possam sentir-se seguros e evitar que essas reclamações se espalhem de forma imunda, pois isto cria um mau ambiente entre os partidos que participam nas eleições e entre os potenciais eleitores”, afiançou Trindade.
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