Os Observadores da União Europeia (UE) garantem que vão dar maior atenção aos casos de violência que forem a acontecer durante o decorrer da quintas eleições gerais e legislativas de 15 de Outubro próximo.
Em conferência de imprensa realizada nesta quarta-feira em Maputo, a chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE-UE) Judith Sargentini, afirmou que a observação oficial para as eleições gerais de 15 de Outubro só agora está a começar, mas, dos contactos com partidos e autoridades eleitorais que manteve desde a sua chegada na segunda-feira ao país, foi abordada a violência na campanha.
“Estes incidentes de violência que vimos em certas zonas vai merecer a nossa grande atenção”, declarou Judith Sargentini, lembrando que é igualmente “muito importante que as autoridades e a polícia desempenhem o seu papel, no respeito da lei”, explicou.
As primeiras semanas da campanha eleitoral registaram vários casos de violência, tendo um dos mais graves ocorrido na terça-feira (23) com tentativas de bloqueio de apoiantes da Frelimo à passagem da comitiva do presidente do MDM (Movimento Democrático de Moçambique, terceira força política) na província de Gaza, sul do país, e que resultaram em confrontos entre membros da Frelimo e do MDM.
A UE estará também focada na utilização de bens púbicos durante a campanha, uma prática que Sargentini lembrou ser ilegal, na monitorização dos órgãos de comunicação social moçambicanos e no acompanhamento do dia das eleições e contagem de votos.
Uma equipa central de seis pessoas e um grupo de 20 observadores europeus de longo-prazo já se encontram em Moçambique e estão a começar a dirigir-se para as onze províncias moçambicanas, informou a chefe da missão.
A 09 de Outubro, 20 observadores de curto-prazo começam a chegar ao país, com o objectivo de acompanhar de perto o período próximo dos dias da votação, a que se juntam 65 elementos das embaixadas europeias acreditadas em Maputo.
Esta é a quinta observação da União Europeia em Moçambique. A presença europeia tem sido constante desde as primeiras eleições multipartidárias de 1994, estando avaliada em pouco mais de 2.2 milhões de euros.
Moçambique realiza eleições gerais a 15 de Outubro, nas quais três candidatos dos maiores partidos concorrem à sucessão do actual chefe de Estado, Armando Guebuza, e 30 forças partidárias e coligações disputam as legislativas e composição das assembleias provinciais.
