Destaque Moçambique pretende reduzir a taxa de analfabetismo até 2015

Moçambique pretende reduzir a taxa de analfabetismo até 2015

Moçambique pretende reduzir a taxa de analfabetismo dos actuais 48,1 por cento para 30 por cento até 2015, garantindo desta forma o cumprimento de uma das Metas de Desenvolvimento do Milénio definidas pelas Nações Unidas.

A informação foi divulgada ontem (8) no quadro das celebrações do Dia Internacional da Alfabetização, cuja cerimónia central teve lugar em Vandúzi, província de Manica, sob o lema “Alfabetização e Desenvolvimento Sustentável”.

 Segundo escreve o Jornal Noticias, na sua edição de hoje,  a celebração tinha como um dos objectivos encorajar e sensibilizar os intervenientes e a comunidade a participarem nos programas de alfabetização em curso.

 O director nacional de Alfabetização no Ministério da Educação, Laurindo Nhacune, disse que há resultados visíveis no combate ao analfabetismo, fruto do trabalho que vem sendo feito pelos alfabetizadores e educadores, que não medem esforço no seu dia-a-dia.

“Apesar dos progressos alcançados, a taxa de analfabetismo do país continua entre as mais altas do mundo, principalmente entre as mulheres, cuja taxa de analfabetismo é superior (64,2%) em relação aos homens (34,6%), e mais alta nas áreas rurais (81,2%) do que nas urbanas (46,1%)”, disse.

A alfabetização no país têm um historial que data desde 1975, aquando da proclamação da Independência Nacional e, nessa altura, o país convivia com uma taxa de analfabetismo calculada em 93 por cento, uma das mais elevadas no mundo.

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Na tentativa de remediar a situação, o governo lançou a primeira campanha de alfabetização em 1978, a segunda em 1979 e em 1980 a terceira.

Este movimento permitiu, num período de cinco anos, reduzir em cerca de 21 por cento da taxa de analfabetismo, isto é, o país passou de 93 por cento para 72 por cento.

Entre 1980 e 1997 a taxa de analfabetismo reduziu de 72,8 por cento para 60,5 por cento, representando uma redução de 11,8 por cento. Com a guerra que caracterizou os anos 80 a 90, houve necessidade de um reajustamento económico, o que ditou a redefinição de prioridades. Isso implicou também a reestruturação do Ministério da Educação. Depois da extinção durante alguns anos, em Agosto de 2000, é recriada a Direcção Nacional de Alfabetização e Educação de Adultos, com a missão de dirigir, coordenar e supervisionar o processo de educação de adultos e educação não formal

Neste período, foi elaborada a primeira estratégia de alfabetização e educação de adultos e educação não formal, que foi implementada de 2001 a 2010, e entre os aspectos-chave da mesma destacou-se o estabelecimento de parcerias, facto que concorreu para a galvanização das actividades de alfabetização e educação de adultos e do desenvolvimento de novo currículo de alfabetização e educação de adultos

O país conta actualmente com um universo de 30 mil alfabetizadores voluntários que contribuirão para a consumação da meta traçada pelo governo para 2015.