No decurso da retirada da sua imunidade e posterior detenção António Muchanga, porta-voz da RENAMO, falou hoje a imprensa depois da sua soltura ontem da Cadeia de Máxima Segurança, vulgo B.O.
Durante a conferência de imprensa, Muchanga prometeu exigir a reposição da sua imunidade por se ter considerado inocente, não havendo assim necessidade da mesma ser retirada como aconteceu no dia 7 de Julho, quando convocado o Conselho de Estado que segundo Muchanga, não se tratou de Conselho de Estado algum, mas sim uma atrocidade pelo facto de o único ponto de agenda ter sido a retirada da sua imunidade e logo em seguida a detido.
Muchanga apresentou hoje o seu mandato de soltura e pediu ao presidente da república a marcação de Conselho de Estado para a reposição da sua imunidade.
Sobre o Cessar fogo
Sobre o regresso do presidente da RENAMO, Afonso Dhlakhama, Muchanga diz ainda não haver condições do seu retorno a Maputo por não se ter assinado o acordo de cessar fogo, sendo assim o presidente da RENAMO, só poderá retira-se das matas depois de assinado o acordo de cessar-fogo.
O porta-voz do governo falou da importância da presença de Afonso Dhlakama na capital moçambicana, Maputo, onde afirmou que qualquer meio seria possível de se usar para trazer o líder da perdiz a Maputo, referenciando bicicleta ou barcos.
“Querem que o senhor Afonso Dhlakama venha a Maputo de barco, como Gorongosa é uma mata e sem acesso ao mar, o presidente da república, Armando Guebuza, terá que construir dragagem a partir de Gorongosa para o mar e mandar barcos da EMATUM para transportar o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama”.
Muchanga ainda comentou sobre o tratamento na BO, onde afirma ser totalmente desumano.
“Como é possível deterem um individuo que não representa perigo a sociedade na cadeia de Máxima Segurança, tínhamos apenas uma hora diária de banho de sol”. Disse Muchanga.
“Votem na REANAMO, com a minha eleição a deputado,o tratamento na Bo será merecedor de revisão”, completou. Continuou apelando o povo moçambicano a votação massiva a RENAMO nas eleições próximas, para que haja um equilíbrio no conselho de estado e não uma atrocidade como já vinha referindo.
Muchanga não deixou de agradecer ao líder da RENAMO pela confiança, agradeceu os membros do partido, o povo moçambicano, a imprensa e as congregações religiosas pelo apoio que recebeu durante a “estadia” na BO.