Internacional ébola arrasta-se em África

ébola arrasta-se em África

O surto de Ébola, que deixou mais de 1.500 mortos, continua a avançar e chegou a um quinto país do oeste africano, o Senegal, onde um primeiro caso foi anunciado nesta sexta-feira pela ministra da Saúde.

Trata-se de um estudante guineense que entrou no território senegalês, escapando da vigilância sanitária na Guiné, esclareceu a ministra senegalesa da Saúde, Awa Marie Coll Seck.

Senegal fechou suas fronteiras com a Guiné em 21 de Agosto, mas o jovem, acompanhado pelas autoridades de saúde em Conakry por ter estado em contacto com pacientes com Ébola poderia ter chegado antes: esteve desaparecido durante três semanas, de acordo com a ministra.

Esta é a primeira vez que um novo país é afectado desde a introdução do vírus em Julho por um passageiro originário da Libéria na Nigéria, que anunciou nesta quinta-feira a sexta morte em Port-Harcourt (sul), a primeira fora da capital económica Lagos (sudoeste).

Outras 160 pessoas foram postas em observação também em Port Harcourt.

A epidemia, que começou no início do ano na Guiné, antes de se espalhar para a Libéria e a vizinha Serra Leoa e Nigéria, é a mais grave desde a identificação desta febre hemorrágica em 1976, na República República Democrática do Congo (RDC), onde reapareceu em Agosto, pela sétima vez.

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Após um período de relativa pausa, ela experimentou uma aceleração súbita em Julho e Agosto, fazendo 1.552 mortos em 3.069 casos registados: 694 na Libéria, 430 na Guiné, 422 em Serra Leoa e 6 na Nigéria, de acordo com o último relatório de 26 de Agosto da Organização Mundial da Saúde (OMS), que disse temer até 20.000 novos casos nos próximos meses.

Serviços de saúde guineenses haviam informado na quarta-feira “o desaparecimento de uma pessoa infectada com o vírus Ébola que teria viajado para o Senegal”, segundo a ministra senegalesa da Saúde.

“A pessoa foi localizada no hospital de Fann (em Dacar). Trata-se de um jovem que fez exames que comprovaram que estava com Ébola”, disse.

“Os resultados dos testes realizados no Instituto Pasteur deram positivo”, explicou, acrescentando que “o dispositivo para evitar que a doença seja propagada foi reforçado”.

“Estamos retomando todo o seu itinerário e avaliando todas as pessoas que permaneceram em contato” com este jovem guineense, indicou.