Se depender das autoridades britânicas, Julian Assange, fundador do site de notíciasWikileaks continuará exilado na embaixada do Equador no Reino Unido.
O Ministério do Interior do Reino Unido anunciou esta segunda-feira que não existe retroactividade nas alterações que entraram em vigor no mês passado que impedem extradições sem acusação.
A declaração das autoridades britânicas contraria as ditas por Assange, que afirmou ontem em conferência de imprensa que poderá deixar em breve a embaixada do Equador, sem contudo avançar quando nem como o fará.
“Vou deixar a embaixada em breve, mas não pelas razões avançadas por alguns media britânicos”, garantiu Assange.
O fundador do site que criou polémica em 2010 ao divulgar documentos confidenciais de vários países, incluindo dos Estados Unidos, refugiou-se há dois anos na embaixada do Equador, beneficiando da segurança da inviolabilidade do espaço diplomático, por enfrentar uma provável prisão e extradição para a Suécia.
As autoridades suecas acusam-no de crimes de agressão sexual e violação contra duas mulheres.
Caso seja preso, o australiano de 43 anos, para além de crimes sexuais, terá que responder por ter quebrado os termos da liberdade provisória que conseguiu depois de ter pago uma caução.