Apenas 40% de moçambicanos é que têm acesso à energia eléctrica, apesar de o País possuir uma das maiores fontes de produção de energia eléctrica a nível do continente africano que é a hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB).
O ministro da Energia, Salvador Namburete, que revelou que os 40% equivalem a 10 milhões de moçambicanos com acesso à energia eléctrico de um universo de cerca de 23 milhões de habitantes existentes no País.
De acordo com Namburete, os dados revelam que a maioria dos moçambicanos ainda não têm acesso a este importante recurso, não obstante o País possuir uma das maiores potencialidades fontes de produção da energia eléctrica a nível do continente africano e no mundo em geral.
Os graves e hediondos crimes de roubo de energia e de cabos eléctricos bem como de vandalização de infra-estruturas de transporte e de distribuição de energia eléctrica que se tem registado em diversas regiões do território nacional são apontados por Salvador Namburete como as principais causas da referida baixa taxa de acesso a este importante recurso natural, uma vez que as mesmas têm atrasado o programa de expansão da electrificação rural, o que faz com que o direito de acesso à energia para a maioria dos moçambicanos seja adiado por mais tempo e retardando ainda mais a implementação do programa de combate à pobreza em Moçambique.
Mesmo assim, ainda de acordo com o ministro da Energia, Moçambique faz parte de um grupo de três países com maior taxa de cobertura da rede eléctrica a nível da África Austral onde é superada pelas Maurícias e África do Sul.
E para inverter este cenário, Salvador Namburete diz que o Governo tem vindo nos últimos cinco anos a implementar uma série de novos projectos de geração de energia tais como a central de geração de energia a gás natural da Aggreko com uma capacidade instalada de 232 megawatts (MW), central da EDM Sasol com capacidade de 175 megawatts e centrais termoeléctricas a gás natural, com recurso ao gás de Pande e Temane, previstos para os próximos dois anos, cuja implementação está a ser levado a cabo pela Gigawatt, em Ressano Garcia, e do projecto de Kuvaninga, no distrito de Chókwè, na província de Gaza.
A estes projectos, ainda de acordo com o ministro da Energia, juntam-se outras iniciativas importantes no domínio das energias novas e renováveis, com destaque para a fábrica de painéis solares desenvolvida pelo Fundo de Energia (FUNAE) inaugurado no ano passado, com capacidade de produção anual que pode ir até 15 MWp, em Beluluane, distrito de Boane, província de Maputo.
90% da energia eléctrica produzida no País são provenientes de fontes hídricas
Neste momento 90% da energia consumida em Moçambique são produzidas pela HCB, o que, na óptica do PCA da empresa Electricidade de Moçambique (EDM), Augusto Fernando, é um risco, porque em caso de uma grande seca, o País pode ficar às “escuras” por causa da falta de energia eléctrica.
E para inverter este cenário, o PCA da EDM defende que o Governo deve investir na implementação de novas fontes de produção de energia eléctrica de modo a que não seja dependente apenas de fontes hídricas que são extremamente arriscadas em caso da seca.
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