Sociedade Educação Venda de exames “é burla de professores de má-fé”

Venda de exames “é burla de professores de má-fé”

A Directora Provincial de Educação e Cultura na Província de Inhambane, Regina Langa, comentou esta segunda-feira a notícia da venda de “exames” para alunos por docentes, que está a ocorrer na cidade da Maxixe. A dirigente disse que os exames vendidos “são falsos” e os vendedores “são professores da má-fé que pretendem manchar o sector da educação”.

O CanalMoz teve acesso a suposto exame de história da 10a classe de muitos que circulam na Cidade da Maxixe. Uma cópia do referido exame é vendida por 3 mil meticais (100 dólares) a alunos que irão realizar mesmos exames.

A cópia que o CanalMoz teve acesso pela mão de um professor na Maxixe não coincide com o exame que ontem foi realizado, mas foi comprada por muitos alunos na cidade, crendo tratar-se de exame genuíno.

Tentamos confrontar a direcção de educação de Inhambane com o suposto exames, mas tanto a directora como a directora adjunta estavam fora do gabinete.

Mais tarde conseguimos entrar em contacto com Regina Langa, que disse estar na cidade de Maputo em missão de serviço, mas mostrou-se estar a par do assunto.

Recomendado para si:  Professores de Inhambane contestam cálculo de horas extras e exigem pagamento integral

“Não o estou na província, mas isso que está a acontecer deve ser um grupo de professores de má-fé que andam burlar alunos em troca de dinheiro, vendendo provas falsas alegando que se trata de exames que se vão realizar. Por tratar-se de professores, os alunos não têm como desconfiar, acabando entregando dinheiro”, esclareceu Regina Langa.

Não é primeiro caso

Este não se trata do único caso do género que acontece na província de Inhambane. Nos exames extraordinários realizado nos meados deste ano também houve casos de venda de enunciados de exames.

Cerca de 10 professores afectos à maior escola da cidade da Maxixe, a Escola Secundária 29 de Setembro, estão a ser ouvidos no Gabinete Provincial do Combate à Corrupção, acusados de vender exames.

Na Escola Secundária de Homoíne, a direcção da escola também está a ser ouvida pelo gabinete provincial do combate a corrupção em Inhambane acusados de facilitar a fuga de enunciados de exames antes da data da sua realização, acto que aconteceu no ano passado.