Internacional Dono de lojas suspeito do incêndio do aeroporto de Nairobi

Dono de lojas suspeito do incêndio do aeroporto de Nairobi

A Autoridade dos Aeroportos do Quénia (KAA) investiga a relação do incêndio no aeroporto de Nairobi, na quarta-feira, com um proprietário de lojas “duty free” que foram demolidas dias antes no local.

Segundo o jornal queniano Daily Nation, o Governo ordenou a demolição dos estabelecimentos “duty free” (livre de impostos) do empresário queniano Kamlesh Pattni no Aeroporto Internacional Jomo Kenyatta, em finais de Julho, depois de considerar que conseguiu ser proprietário das lojas de forma ilegal e fraudulenta.

O empresário controlava 70% das lojas do aeroporto de Nairobi e as salas destinadas a passageiros de primeira classe desde o final da década de 1970, durante a presidência de Daniel Arap Moi.

Posteriormente, Pattni foi implicado no denominado “escândalo Goldenberg”, que revelou que o Governo do Quénia, então liderado por Mwai Kibaki, tinha subvencionado exportações de ouro além do permitido durante a década de 1990, o que teve um custo para o país de 10% do seu PIB anual.

Em Julho, Pattni rejeitou retirar as suas lojas quando as autoridades aeroportuárias quiseram por fim à relação comercial com o empresário, aproveitando que o seu contrato expirava no dia 31 daquele mês.

Depois de rejeitar todas as ofertas económicas que as autoridades aeroportuárias ofereceram, as lojas de Pattni foram demolidas na noite do dia 31 de Julho, acção que também facilitaria o projecto de ampliação do aeroporto.

O Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, descartou, na sexta-feira, que o incêndio tenha sido causado por um atentado terrorista.

O incêndio, que se originou durante a madrugada de quarta-feira, destruiu o terminal de chegadas internacionais do principal aeroporto da África Oriental, afectando mais de 16 mil passageiros.

“Foi um simples incêndio que se descontrolou. Os investigadores estão a verificar o que se passou exactamente e se há algum responsável. Em caso de havê-lo, ainda que por negligência, prestará contas à Justiça”, disse o Presidente queniano.

Sete agentes da polícia foram presos por saquear o local enquanto o incêndio estava em curso e serão apresentados na segunda-feira diante de um juiz.

As actividades no aeroporto foram retomadas no final da noite de quinta-feira.

Receba vagas no seu WhatsApp

Siga o nosso canal do WhatsApp para receber vagas no status do WhatsApp.

Clique aqui para seguir