Sociedade Cabo Delgado no topo de casamentos prematuros

Cabo Delgado no topo de casamentos prematuros

A província de Cabo Delegado, no norte do país, registou o maior índice de casamentos infantis, com cera de 29,6 por cento de um universo de 300 jovens abrangidos, revela uma pesquisa feita pela WLSA (Mulher e Lei na África Austral).

Os dados, que resultam de uma pesquisa realizada entre 2011 e 2013 com vista analisar o papel dos ritos de iniciação na construção das identidades de género em contextos culturais, sociais e políticos, foram divulgados, hoje, em Maputo.

A coordenadora da organização, Conceição Osório, afirma que “a nossa intenção foi cruzar a informação sobre a função, conteúdo e meios utilizados nos rituais, de modo a perceber como se jogam as negociações, alianças e conflitos e quais as estratégias postas em prática pelas lideranças tradicionais e mestres que orientam os ritos de iniciação”.

A província de Cabo-Delegado é seguida por Niassa com 24,2 por cento; Zambézia 22,3 por cento; Manica 20,8 por cento; Nampula 20,6 por cento; Tete 19 por cento; Sofala 18,6 por cento; Inhambane 9,4 por cento; Gaza 8,8 por cento; Maputo província 5,8 por cento e Cidade de Maputo com 3,9 por cento.

Leia aqui: Número de crianças violadas baixou no centro de Moçambique

A pesquisa, que teve como grupo-alvo jovens entre os 12 e 18 anos sujeitos aos ritos, indica que uma das maiores barreiras no acesso e permanência da rapariga na escola são as tradições e a cultura porque dificultam e inviabilizam o acesso pleno ao direito à educação.

Entretanto, Osório afirma que está sendo dada uma aprendizagem sobre sexualidade que contribui para a construção de novas identidades como são os casos de fuga aos casamentos prematuros, a recusa da violência ritual e a rejeição à participação nos ritos.

Receba vagas no seu WhatsApp

Siga o nosso canal do WhatsApp para receber vagas no status do WhatsApp.

Clique aqui para seguir