Sociedade Criminalidade “Caso Mido Macia”: Provas contra polícias apresentadas a 16 de Julho

“Caso Mido Macia”: Provas contra polícias apresentadas a 16 de Julho

Em causa está a tramitação do recurso sobre o “não” à caução que os advogados dos acusados receberam do Tribunal de Benoni e, mais tarde, do Tribunal Supremo que não encontrou razões de fundo para os colocar em liberdade. Contudo, o Ministério Público anunciou que o Estado sul-africano está preparado para julgar os implicados assim que todos os procedimentos legais forem supridos.

A sessão do dia 16 será a última do procurador December Mtimunye, que vem efectuando as investigações sobre a morte de Mido Macia, ocorrida em Fevereiro passado. Ele irá cumprir a sua última acção neste caso apresentando o relatório definitivo da perícia sobre o envolvimento dos nove polícias na morte do jovem moçambicano.

Segundo informações colhidas do próprio magistrado, uma vez tornado público o documento sobre as investigações, o magistrado deixará o caso para um colega que irá representar o Ministério Público nas sessões de julgamento a terem lugar no Tribunal Supremo da África do Sul, em Pretória. A magnitude do processo e a moldura penal a ser aplicada neste tipo de processo-crime, que varia entre 15 anos e prisão perpétua, foi a razão de fundo que levou o Ministério Público a optar pelo Tribunal Supremo para julgá-lo, o que deverá acontecer ainda este ano.

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No banco dos réus estão os polícias Meshack Malele, 46 anos, Thamsanga Ncema, 35, Percy Mnisi, 26, Bongumusa Mdluvi, 25, Sipho Ngobeni, 26, Lungisa Ewababa, 31, Bongani Kolisi, 21, Linda Sololo, 56, e Matome Walter Ramathon, 37. Porque os polícias viviam e trabalhavam em Benoni, o tribunal ordenou que todos eles fossem transferidos para a cadeia de Boksburg, na área de Joanesburgo.

Recorde-se que Mido Macia morreu a 28 de Fevereiro último, vítima de ferimentos contraídos depois de ter sido detido por causa de um pequeno incidente de trânsito, em Daveyton, arredores de Joanesburgo. Ele foi arrastado cerca de 400 metros algemado atrás de uma viatura policial, tendo depois sido espancado nas celas policiais em Daveyton, o que viria a causar-lhe hemorragia e consequente morte.

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