Sociedade Criminalidade Mulheres marcham contra assassinatos na Polana-Caniço

Mulheres marcham contra assassinatos na Polana-Caniço

Um grupo de mulheres do bairro da Polana-Caniço, na cidade de Maputo, marcharam na tarde de ontem, protestando contra a ocorrência de casos de violações sexuais e assassinatos de raparigas que tende a ganhar espaço naquela zona.
Mulheres marcham contra assassinatos na Polana-Caniço

A referida marcha enquadra-se nas comemorações do 10 de Dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, cujas cerimónias centrais no nosso país realizaram-se na capital do país.

Segundo a coordenadora da marcha, Madalena Domingos, o objectivo é pedir socorro às autoridades policiais e a outras entidades ligadas à justiça de modo a acabar com a onda de criminalidade que preocupa os moradores do bairro da Polana-Caniço.

Indicou que esta situação deixa os residentes da Polana-Caniço mais indignados, uma vez que muitos dos casos de violações e assassinatos ocorridos até então naquela zona, não foram ainda esclarecidos e nem  encontrados os seus autores.

“Estamos a marchar como forma de protestar contra a onda de violações sexuais e assassinatos de jovens que acontecem aqui no nosso bairro. É uma situação bastante preocupante e pedimos às autoridades policiais e outras entidades para nos ajudar”, disse Domingos, para quem um trabalho árduo de investigação da Polícia pode ajudar no esclarecimento dos crimes.

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Catarina Afonso, mãe de uma das vítimas e participante no encontro, em contacto com a nossa Reportagem, disse que a criminalidade na Polana-Caniço está a atingir proporções alarmantes e por isso pede ajuda da Polícia.

Recordou que a sua filha foi violada sexualmente e posteriormente morta, a 16 de Junho do ano em curso, por indivíduos até aqui desconhecidos, quando regressava de uma festa onde esteve com o seu namorado.

“Recordo-me com muita tristeza a morte bárbara da minha filha e o seu corpo abandonado no local do crime”, disse Afonso, amargurada.