Lixo encerra ruas no “Pequeno Brasil

Duas importantes ruas do bairro Pequeno Brasil, no município de Quelimane, estão actualmente intransitáveis devido à acumulação de lixo.
Lixo encerra ruas no “Pequeno Brasil
Os moradores daquele bairro de expansão, que se pretendia que fosse modelo de desenvolvimento urbano, criticaram esta quarta-feira a inoperância das equipas de recolha do lixo do Concelho Municipal Quelimane, que desde o início deste ano nunca passaram por aquela zona residencial.

Entrevistado pela nossa Reportagem, a propósito da aquisição de dois tractores e uma máquina multifuncional por parte da edilidade, os residentes afirmaram ser absurdo que se anuncie com pompa e circunstância a chegada daqueles meios quando o lixo está a fechar estradas e a provocar problemas de saúde pública.

Ana Rita Mendes é residente no bairro Pequeno Brasil, e quando falava à nossa Reportagem, disse que a não remoção do lixo por parte da edilidade de Quelimane não é por falta meios, mas é devido a uma visão míope do vereador da área que não interage com os munícipes e não visita os bairros para se aperceber dos reais problemas vividos nas zonas residenciais da urbe.

Segundo a nossa entrevistada, a rua, que sai da Escola Secundária Aeroporto Expansão até onde em tempos idos era a Feira das Actividades Económicas (FAE), está interrompida por acumulação de lixo desde o início do ano. “Olha esse vizinho já não consegue tirar a sua viatura da garagem para fora. Tem viatura mas vai ao serviço a pé por causa do lixo que se acumulou todo o ano”, disse a nossa entrevistada, para quem há uma inércia no Concelho Municipal da Cidade de Quelimane porque nem o presidente, nem o vereador, muito menos os trabalhadores afectos à recolha do lixo passam por aquele bairro.

A outra rua que está prestes a encerrar devido à acumulação de resíduos sólidos está no cruzamento da Escola Primária Completa Aeroporto Expansão ainda no mesmo bairro. É um local onde todos os moradores depositam lixo, mas não é recolhido.

Romão Afonso é outro residente do bairro Pequeno Brasil, o qual estranha o silêncio cúmplice das autoridades municipais que prometeram melhores condições de higiene e saneamento do meio. “Isso é o contrário do que nos prometeram durante a campanha eleitoral: não estamos a reconhecer. Não há diálogo, nem o presidente nem os vereadores se dignam a visitar-nos para ouvir as nossas preocupações”, disse aquele munícipe, para quem com tanto lixo num bairro em que quando chove, o trânsito rodoviário e dos peões se complica, prevendo que dias piores poderão ocorrer a partir de Janeir