Economia Corredor de Nacala: Lançada primeira pedra para linha férrea no Malawi

Corredor de Nacala: Lançada primeira pedra para linha férrea no Malawi

A VALE lançou oficialmente ontem no Malawi a primeira pedra para a efectivação das obras de construção de 136 quilómetros de linha férrea, reabilitação de 99 quilómetros de linha existente, bem como a construção de 45 pontes ferroviárias e três viadutos rodoviários, como parte do Corredor de Nacala.
Corredor de Nacala: Lançada primeira pedra para linha férrea no Malawi

A cerimónia contou com a presença da Presidente do Malawi, Joyce Banda, dos directores da Vale, Galib Chaim e Ricardo Saad, entre outros representantes do Governo do Malawi, de Moçambique e do Brasil.

As actividades já iniciadas pela Vale há 9 meses permitiram a conclusão da engenharia detalhada do troço entre a fronteira de Moçambique com o Malawi e Nkaya Junction, bem como das compensações sociais de terras cultivadas e edificações privadas às comunidades.

O projecto, que beneficiará o Malawi com uma infra-estrutura logística bem capacitada, é parte do Corredor de Nacala e está orçado em 1.1 bilião de dólares. Ricardo Saad, director de Projectos para África, Ásia e Austrália da Vale, consolida a posição da empresa e afirma que o projecto potencializará os volumes de importação e exportação actualmente vigentes naquele país.

Efectivamente, o troço ferroviário deve sair de Moatize, chegando à fronteira com o Malawi, na região de Cambulatsissi. Em seguida, a rota segue em direcção nordeste até à localidade de Nkaya Junction, cobrindo 136 quilómetros de linha férrea de raiz, onde se conecta com a linha férrea existente sob concessão da Central East Africa Railways – CEAR, cobrindo mais 99 quilómetros de linha férrea a reabilitar até Nayuchi/Entrelagos. As obras desta parte do Corredor de Nacala, no Malawi, têm a sua conclusão prevista para 2014.

O projecto emprega actualmente mais de 1800 trabalhadores, com 82 por cento de trabalhadores locais, entre trabalhadores da Vale, contratados e subcontratados, prevendo a contratação no pico das obras de mais de 3500 novos postos de trabalho de mão-de-obra local.

Paralelamente, já está em fase avançada de implementação a supressão da vegetação no alinhamento da linha férrea, bem como a execução das fundações das primeiras pontes a serem construídas, tendo as rotas sido profundamente estudadas de forma a conciliar o melhor traçado do ponto de vista técnico e de minimização de impactos ambientais e sociais.

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Por outro lado, mais de 150 empresas locais estão já a fornecer à Vale, mas a perspectiva é muito maior, considerando que estas mesmas empresas subcontratam, por sua vez, outras tantas empresas locais para atender à demanda de serviços gerais, hotelaria e serviços mais especializados na área de engenharia e tecnologia, que se traduzem em inúmeras oportunidades.

Recorde-se que, em Dezembro de 2011, a Vale assinou com o Governo do Malawi o contrato de concessão ferroviária para a construção e operação de parte do Corredor de Nacala, cobrindo 136 quilómetros de linha férrea, entre a fronteira de Moçambique e Malawi até ao trecho ferroviário existente no Malawi. Em Julho de 2012, o consórcio Corredor Logístico Integrado de Nacala – CLIN, formado pela Vale e pelos Caminhos de Ferro de Moçambique, assinou com o Governo de Moçambique os contratos de concessão ferroviário e portuário que preconizam a construção de linhas e ramais ferroviários ligando Moatize a Nampula, e de um novo terminal portuário em Nacala-à-Velha, projectos que fazem parte do Corredor de Nacala, do lado de Moçambique.

Os contratos de concessão com o Governo do Malawi e com o Governo de Moçambique, para além dos contratos de concessão com Corredor de Desenvolvimento de Nacala – CDN, e a Central East Africa Railways – CEAR, possibilitam a construção de todo o trecho ferroviário e do terminal portuário necessário para o escoamento do carvão da região de Moatize até o Porto de Nacala, e contribuirão com a melhoria da infra-estrutura de transporte ferroviário do país, o transporte de carvão, de cargas diversas e de passageiros.