Na cerimónia de ontem, a UEM graduou 911 estudantes, sendo 836 Licenciados e 48 Mestres nas diferentes áreas do conhecimento. Estes se juntam aos 601 que em Abril deste ano se graduaram, o que conduz a uma graduação no presente ano de cerca de 1521 cidadãos, entre Licenciados, Mestres e Doutores.
Para Orlando Quilambo, a cerimónia de graduação tem um significado particularmente singular na História do nosso país, em virtude de ela ter lugar num contexto em que se celebra o 50º aniversário do Ensino Superior em Moçambique, um facto marcante na vida social, política e económica da nação. De modo particular, o acto ganha ainda mais consistência e relevância quando se constata que durante os 50 anos, a UEM assumiu e continua a assumir, um papel de extrema relevância na mudança ideológica da intelectualidade moçambicana, através da formação de quadros superiores que se engajam na construção da moçambicanidade e no fortalecimento da nossa identidade.
“Por isso, reafirmamos, mais uma vez, a nossa convicção de que a História da UEM está ligada à História da construção do nosso país. A nossa aposta vai continuar a ser os programas de investigação, priorizando a solução de problemas mais prementes ligados ao processamento de matérias-primas, estudos arqueológicos, saúde, ciências marinhas e costeira” – disse Orlando Quilambo.
Em 2012 mais de 25 mil estudantes candidataram-se a UEM, tendo sido admitidos mais de 4200, o que representa dois por cento de ingresso. Desde universo, três mil solicitaram apoio na forma de bolsas, tendo sido apenas possível satisfazer a 2031, sendo que 1134 se encontram nas residências.
“Estes números mostram que as necessidades sociais dos nossos estudantes são enormes, mas a nossa capacidade de resposta é, infelizmente, ainda limitada” – disse.
Entretanto, na sua mensagem de fim do curso, a Associação dos Estudantes da UEM recomendou aos graduados a procurarem realizar os seus sonhos mas sem nunca esquecer que a sociedade é quem mais precisa deles para resolver os demais problemas que os afligem.
Por seu turno, os graduados comprometeram-se a trabalhar arduamente para o desenvolvimento do país. Ao apresentarem sua mensagem, disseram que não querem ser mais uns dos tantos graduados espalhados por este país fora, mas sim parte integrante dos quadros que estão a trabalhar para o bem da nação.
A cerimónia de ontem foi presenciada pelo Ministro da Cultura, em nome do Governo moçambicano.