Sociedade Fiscalização dos `chapas: Polícia promete ser mais rigorosa

Fiscalização dos `chapas: Polícia promete ser mais rigorosa

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Na quinta-feira passada, a Assembleia Municipal de Maputo aprovou uma nova tarifa de transporte urbano. Assim, o serviço de transporte da empresa pública (TPM) sobe dos actuais 5,00 para 7,00 meticais o mesmo valor a ser pago no `chapa´ para distâncias iguais ou inferiores a 10 quilómetros. Para as superiores a 10 quilómetros os semicolectivos passam a cobrar nove meticais contra os anteriores 7,50 meticais.

Embora reconhecendo que não é a única solução para acabar com os desmandos protagonizados por alguns transportadores, particularmente o encurtamento de rotas, António Espada, comandante da Polícia Municipal de Maputo, considera que é chegado o momento de se intensificar o trabalho que tem sido feito com vista a prestar um serviço de qualidade aos cidadãos.

`Temos a consciência de que a nossa intervenção não é suficiente. Contudo, vamos fazer a nossa parte para minimizar o problema´, destacou Espada.

Conforme explicou, a Polícia Municipal sozinha não pode acabar com as irregularidades praticadas pelos `chapas´, sendo por isso que os utentes são chamados a colaborar mais, pois são eles que sentem na pele a desordem fomentada.

A colaboração deve ser feita através de recusa em pagar o valor da passagem antes do destino final. E, caso haja qualquer problema, os utentes do `chapa´ podem fazer chamadas ou enviar mensagens para os telemóveis 828586230 ou 845327497. Estes números servem de igual modo para denunciar actos de corrupção praticados pelos agentes da Polícia Camarária.

Sem entrar em números, António Espada disse existir, neste momento, um efectivo policial capaz de viabilizar estas operações, mas que são necessários mais agentes.

Por sua vez, Samuel Nhatitima, presidente da Associação dos Transportadores Rodoviários de Maputo (ATROMAP), disse que a solução dos encurtamentos, particularmente, passa pela mudança de comportamento dos motoristas e cobradores, uma vez que os proprietários das viaturas nem sempre estão a par dessas práticas.

Apelou aos seus associados a mudarem de comportamento e a colaboração por parte dos passageiros.

Entretanto, o vice-presidente da Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO), Luís Munguambe, entende que a anarquia vai acabar quando o Governo apreciar positivamente uma proposta do agravamento tarifário que a sua entidade submeteu ao Ministério dos Transportes e Comunicações. Sem apresentar números, Munguambe deixou claro que a referida proposta não está relacionada com a que foi aprovada quinta-feira pela Assembleia Municipal.