O chefe do Estado-Maior de Israel, Eyal Zamir, anunciou a intenção de atingir líderes do movimento palestiniano Hamas fora da Faixa de Gaza, após a morte do porta-voz do braço armado do grupo, Abu Obaida.
Zamir fez estas declarações após uma avaliação da situação no Comando Norte, afirmando que “na Faixa de Gaza, ontem [sábado] atacámos um dos principais líderes do Hamas. Isto não é o fim; a maior parte da liderança do Hamas está no estrangeiro, e também os atingiremos”.
O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, confirmou o assassinato de Obaida, ocorrido durante um ataque na cidade de Gaza, realizado em coordenação entre o Exército e o Shin Bet, a agência de inteligência interna de Israel. Katz afirmou que “este passo soma-se a uma série de ataques importantes do exército no Iémen, Líbano, Síria e outros cenários”, destacando a iniciativa de Israel em garantir a segurança dos civis.
Segundo as autoridades israelitas, Obaida era considerado “um dos últimos terroristas de alto escalão” remanescentes na ala militar do Hamas e desempenhou um papel crucial na propaganda do grupo durante a última década. O Exército israelita descreveu-o como responsável pela coordenação entre os porta-vozes políticos e a ala militar da organização.
Desde o início da ofensiva israelita em Gaza, o porta-voz das Brigadas Al Qasam, braço armado do Hamas, tem protagonizado diversos vídeos onde comunicava a posição do grupo em relação a negociações e ao destino dos reféns.
Nos últimos dois anos de conflito, Israel já eliminou vários líderes do Hamas, incluindo o líder político Ismael Haniyeh, assassinado em Teerão em Julho de 2024, e Yahya Sinwar, o líder máximo do grupo, considerado fundamental nos ataques de 07 de Outubro e uma figura proeminente na Faixa de Gaza.