A Electricidade de Moçambique (EDM) revelou que, no primeiro semestre deste ano, processou mais de 300 indivíduos na província de Sofala devido a roubo de energia eléctrica por meio de ligações clandestinas.
Este fenómeno tem gerado preocupações significativas, especialmente nas cidades da Beira e Dondo, onde mais de metade dos casos reportados se concentraram.
Aníbal da Barca, director da EDM em Sofala, expressou a sua preocupação face à vandalização de infraestruturas eléctricas e à crescente prática de ligações ilegais. Os danos causados por estas actividades estão a aumentar, tornando-se um obstáculo para a expansão da rede eléctrica e para a melhoria da qualidade de energia na região.
O director explicou que existem dois tipos de trato para estes casos. O primeiro é o tratamento administrativo, onde a dívida gerada pela fraude é calculada e inserida na conta do cliente, que a amortiza à medida que consome energia. O segundo envolve o processo judicial, que segue as normativas legais até à procuradoria e, posteriormente, ao tribunal. Este procedimento visa dissuadir os clientes de continuarem a adoptar práticas ilegais.
Barca reforçou a necessidade de promover uma consciência cívica e económica entre os clientes, frisando que o roubo de energia e a vandalização de equipamentos eléctricos representam perdas para toda a comunidade. O gestor ainda destacou a importância do sistema CREDELEC, que permite aos clientes gerir o seu consumo de energia de forma mais flexível e segundo as suas possibilidades financeiras.
A situação continua a provocar impactos negativos em diversas áreas, que exigem uma intervenção urgente para assegurar a sustentabilidade e a melhoria contínua dos serviços prestados pela EDM.