O político Venâncio Mondlane, conhecido pela sua liderança na contestação aos resultados das eleições gerais em Moçambique, foi constituído arguido na província de Niassa, no âmbito das manifestações que se seguiram ao escrutínio eleitoral.
A informação foi divulgada pelo próprio através da sua conta na rede social Facebook, onde expressou o seu descontentamento face ao que considera ser uma “perseguição”.
Na sua publicação, Mondlane partilhou uma cópia do termo de constituição de arguido que recebeu em Maputo, emitido pela Procuradoria Distrital da República de Cuamba, situada no norte do país. A notificação sustenta-se em “fortes suspeitas de ser autor” de crimes como incitamento à desobediência colectiva, denúncia caluniosa e ofensa à honra do Presidente da República.
Adicionalmente, o político criticou o arquivamento de uma denúncia que havia apresentado à Procuradoria Distrital da República de Zavala, na província de Inhambane, onde alegou que um polícia estaria a preparar um “atentado” contra a sua pessoa, infiltrando-se na sua segurança pessoal.
Mondlane declarou que o agente, apanhado em flagrante, foi auxiliado a fugir nas instalações da Polícia da República de Moçambique em Zavala. “Hoje recebo, em minha residência, enquanto almoçava, uma notificação de que o processo foi arquivado”, lamentou, sublinhando a disparidade no tratamento dos casos.
