Um grupo de indivíduos não identificados disparou pelo menos 24 tiros contra o portão da garagem da residência de Dinis Tivane, assessor político do ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane.
O incidente levanta preocupações sobre a segurança e a liberdade de expressão no país, levando Tivane a acusar o partido Frelimo de estar por detrás da tentativa de silenciamento.
Em uma publicação na sua página do Facebook, Dinis Tivane relatou que algumas balas atingiram o interior da garagem, uma vez que as frestas do portão permitiram a infiltração dos projécteis. Tivane conseguiu recolher várias cápsulas das balas disparadas, evidenciando a gravidade da situação.
Segundo o assessor político, o ataque ocorreu enquanto ele e a sua família estavam fora de casa. “Felizmente, eu e minha família não estávamos em casa. Eu tinha saído para a vizinha África do Sul para tratar de questões privadas”, escreveu Tivane, acompanhando o relato com um vídeo que documenta o momento.
Testemunhas oculares relataram que os agressores se deslocavam numa viatura Toyota Hilux, de cor branca, descrevendo o episódio como um “cenário de terror autêntico”. Este é o segundo ataque a Dinis Tivane; na primeira ocasião, um guarda da residência foi atingido por um tiro.
“Enfim, é esta situação, caros irmãos. É este tipo de respostas que recebemos destes tipos, o partido Frelimo. Esta é a forma de responder que eles têm quando cidadãos exercem os seus direitos constitucionalmente consagrados”, declarou Tivane, questionando a necessidade do partido de recorrer à violência, uma vez que já detém o controle sobre o Conselho Constitucional, a Comissão Nacional de Eleições (CNE), a Procuradoria-Geral da República (PGR) e os tribunais.
