Venâncio Mondlane, candidato presidencial, manifestou a sua posição firme em relação aos resultados das recentes eleições gerais, anunciados pelo Conselho Constitucional (CC).
Em uma declaração realizada na capital moçambicana, Mondlane afirmou não estar disposto a aceitar cargos governativos, mesmo que isso o colocasse na posição de segundo candidato mais votado.
“A única função a que estou disponível a assumir é a de defender e lutar pelo povo, verdade, justiça e valores. Eu não fiz esta luta toda para ser chefe, para ter benefícios financeiros ou materiais”, enfatizou Mondlane, sublinhando a sua intenção de se manter fiel aos princípios que o norteiam.
O candidato, que se destaca por uma postura crítica, rejeitou qualquer possibilidade de envolvimento em negociações que resultem na inclusão do seu movimento numa estrutura executiva, afirmando: “nunca serei eu a fazê-lo”. Mondlane foi categórico ao afirmar que não participará de um executivo que considere “falsário, manipulador e burlesco”.
Em contraste, Mondlane congratulou o encontro que teve lugar hoje entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e líderes de partidos políticos, apesar de considerar que tal reunião foi “excludente”. O candidato também reiterou que as relações com o Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos) continuam a ser mantidas, indicando uma disposição para a colaboração em prol de objectivos comuns.