Mais de vinte e três mil alunos da província de Nampula iniciarão o novo ano lectivo em condições precárias, sentados no chão e ao relento, uma vez que 130 salas de aula foram vandalizadas e destruídas em 64 escolas.
A informação foi avançada pelo porta-voz do sector da educação na região, Faruk Carim, que lamentou os danos significativos causados por manifestantes que não só destruíram infra-estruturas educativas, mas também vandalizaram material escolar e equipamentos eléctricos, além de terem roubado carteiras, quadros e computadores.
O porta-voz alertou que a destruição das salas de aula irá agravar o já elevado rácio aluno/professor, que na cidade de Nampula é de 90 alunos por turma, colocando ainda mais pressão sobre o sistema educativo local.
Neste momento, as autoridades estão a realizar um levantamento dos danos para avaliar a possibilidade de recuperar algumas infra-estruturas antes do arranque oficial do ano lectivo.
Face à falta de condições adequadas, as direcções das escolas afectadas implementaram a utilização de gabinetes móveis para assegurar o atendimento e a inscrição dos alunos. Carim fez um apelo à comunidade escolar para que os alunos se dirijam às suas escolas de origem a fim de realizarem a inscrição, garantido que as aulas irão prosseguir, mesmo na ausência de salas de aula apropriadas.