Os professores do ensino secundário em Moçambique ameaçam boicotar a realização dos exames especiais marcados para este mês de Janeiro, a menos que o Governo salde as horas extraordinárias em atraso.
Estes exames destinam-se aos alunos que não puderam realizá-los em Dezembro, devido à paralisação dos professores e aos protestos pós-eleitorais.
Marcos Mulima, porta-voz da Associação Nacional dos Professores (Anapro), declarou à DW que os docentes exigem o pagamento das horas extras pendentes como condição para supervisionar os exames. “Primeiro que paguem todas as horas extras em atraso, depois vamos controlar os exames especiais. Caso contrário, vão dizer que estamos a boicotar os exames, enquanto estamos a exigir nossos direitos”, afirmou.
Os professores reivindicam o pagamento das horas extraordinárias referentes a dois meses de 2022, além de todo o ano de 2023 e 2024. Eles também pedem um “melhor enquadramento” na Tabela Salarial Única (TSU).
Além dos exames especiais, Mulima alertou que o início do ano lectivo para o ensino geral e técnico-profissional também está “comprometido”, com a possibilidade de uma paralisação geral das actividades até que o Governo liquide as dívidas.