A Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) não conseguiu cumprir a sua meta de fiscalização dos principais mercados do país, atingindo apenas 61,2% do objectivo estipulado.
A meta era inspeccionar 2900 estabelecimentos comerciais, mas apenas 1774 foram abrangidos, o que representa uma falha de 38,8%.
Tomás Timba, porta-voz da INAE, explicou que o desempenho da instituição foi severamente comprometido, especialmente durante o período das manifestações pós-eleitorais. Relatou que algumas equipas de fiscais enfrentaram situações de violência, incluindo o ataque a uma viatura da INAE em Bobole, que foi vandalizada e incendiada. Outros incidentes de agressão foram registados em diferentes províncias, como Inhambane e Niassa.
“Apesar de continuarmos a receber denúncias sobre o agravamento dos preços de produtos básicos, a situação de instabilidade no país limitou a nossa capacidade de resposta”, afirmou Timba, sublinhando os desafios enfrentados pela instituição.
Esta falha na fiscalização da INAE é particularmente preocupante, uma vez que se aproxima a Quadra Festiva de 2024, época em que se verifica um aumento acentuado dos preços. Além disso, é importante notar que este é o primeiro ano em que a INAE não consegue cumprir as suas metas, tendo nos últimos anos superado as expectativas em mais de 50%.