Sociedade Educação Ano lectivo do ensino geral arranca a 4 de Fevereiro

Ano lectivo do ensino geral arranca a 4 de Fevereiro

Este dia marca o início oficial das aulas do ensino geral em todo o território moçambicano, com a previsão de 1,6 milhão de novos alunos a ingressarem na 1.ª classe.

A cerimónia de abertura, que contará com a presença de directores de escolas, professores, quadros do sector da Educação e encarregados de educação, promete ser um momento significativo para a comunidade educativa.

Segundo o Ministério da Educação e Cultura (MEC), o processo de matrículas para os novos alunos ainda se encontra em curso. O prazo que deveria ter terminado a 31 de Dezembro foi prorrogado, com o intuito de assegurar que nenhuma criança em idade escolar fique fora do Sistema Nacional de Educação. Directores e gestores de escolas receberam orientações para continuar a aceitar inscrições até que todas as vagas sejam preenchidas. Até ao final de 2024, foram matriculadas 1,1 milhão de crianças, o que representa 68,7% da meta estabelecida.

Contudo, o início do ano lectivo não ocorre sem desafios. A distribuição gratuita de livros escolares enfrenta dificuldades em várias províncias. Apesar de algumas regiões, como Inhambane, já terem recebido mais de 100 mil manuais, a situação é preocupante em outros locais. Domingos Chibinje, chefe do Departamento de Estudos e Planificação na Direcção Provincial de Educação, informou que a distribuição de materiais está em curso, com a expectativa de que cheguem aos distritos de Govuro, Funhalouro e Mabote ainda esta semana.

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Na província de Nampula, as autoridades esperam receber mais de dois milhões de livros escolares, abrangendo da 1.ª à 6.ª classe, dos quais 38 mil são destinados a manuais e guiões para professores. Faruck Carimo, porta-voz da Direcção Provincial em Nampula, garantiu que a chegada de material didáctico começou na semana anterior e que todas as condições estão a ser criadas para que os alunos, especialmente os da 1.ª classe, iniciem as aulas com os livros necessários.

Por outro lado, a província de Tete ainda se encontra à espera da chegada dos livros, sem previsões claras sobre quando os materiais estarão disponíveis. A situação levanta preocupações sobre a preparação adequada dos alunos para o novo ano escolar.