Os profissionais de saúde do Centro Distrital de Saúde de Marracuene, localizado na província de Maputo, interromperam, as suas actividades em protesto pelo não pagamento dos subsídios de diuturnidade.
Desde 2022, os trabalhadores têm enfrentado dificuldades crescentes, uma vez que os pagamentos não têm sido efectuados, limitando-se a receber apenas promessas por parte das autoridades competentes.
Em declarações à comunicação social, uma representante dos profissionais manifestantes expressou a sua indignação: “Nós, em geral, queremos que nos paguem o nosso dinheiro, temos família por sustentar.” A situação tem-se arrastado desde o início do ano passado, tendo os trabalhadores, apresentado documentos às autoridades que prometeram que os pagamentos seriam regularizados até 2 de Janeiro de 2023.
No entanto, a frustração é palpável, uma vez que, segundo os profissionais, “desde 2022 nem água vai, nem água vem.”
Além das questões financeiras, os profissionais de saúde também relataram condições de trabalho precárias. “Deixamos o hospital. Aqui não temos casa-de-banho. Só estamos a trabalhar”, lamentou outro membro da equipa, evidenciando a falta de infraestruturas adequadas para o exercício das suas funções.
No início da tarde, após negociações com a Direcção do Centro Distrital de Saúde, os profissionais decidiram retomar as suas actividades, embora com a expectativa de que as promessas feitas sejam finalmente cumpridas.
A situação continua a ser acompanhada de perto, com os trabalhadores a aguardarem uma resolução definitiva que lhes permita exercer a sua profissão em condições dignas e com a devida compensação pelo seu trabalho.