Em um desdobramento significativo após as Eleições Gerais de 9 de Outubro de 2024, o Consórcio Eleitoral Mais Integridade anunciou que não irá disponibilizar as actas e editais em sua posse ao Conselho Constitucional (CC).
A decisão foi justificada pela entidade, que alega que a entrega desses documentos implicaria em concordância com uma alegada fraude eleitoral, uma vez que os referidos editais e actas já teriam sido manipulados.
No passado dia 4 de Dezembro, o Conselho Constitucional endereçou um ofício ao consórcio solicitando, de forma formal, a remessa das actas e editais relacionados com o processo de validação dos resultados eleitorais.
O documento solicitava a colaboração do Mais Integridade, dando um prazo de cinco dias para que os documentos fossem apresentados, com deadline estabelecido para 9 de Dezembro.
Em resposta ao pedido, a plataforma expressou estranhamento e preocupação, afirmando que a sua colaboração poderia ser interpretada como um aval à legitimidade dos resultados que o Conselho Constitucional pretende promulgar.
Edson Cortez, representante do Consórcio, sublinhou que, apesar da sua vontade de colaborar com o órgão, não se sentem à vontade para contribuir para o que consideram ser um processo viciado.
Cortez também levantou questões sobre as intenções do CC, sugerindo que a solicitação poderia ser uma estratégia para conferir credibilidade a resultados que, segundo ele, são contestáveis.
Apesar de se recusar a fornecer os documentos solicitados, o consórcio manifestou a sua disposição em relatar as irregularidades que observaram no terreno durante o processo eleitoral.