O presidente do partido PODEMOS, Albino Forquilha, e o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, realizaram uma conferência de imprensa em Maputo, onde abordaram as manifestações convocadas em protesto pelos resultados eleitorais.
Ambos os líderes apelaram à tranquilidade e à segurança dos cidadãos durante o período de manifestações.
Albino Forquilha enfatizou que as manifestações deverão ser pacíficas e instou a população a continuar com suas actividades diárias, sem interrupções. “Temos que ir, sim, ao trabalho. Não é que desejamos que a economia toda pare. A manifestação não é para pararmos de trabalhar”, afirmou, destacando a necessidade de respeitar a vida dos trabalhadores e o impacto que a interrupção das suas actividades pode ter na economia informal.
O líder do PODEMOS também expressou preocupação com a segurança dos manifestantes e pediu o acompanhamento da Polícia durante as manifestações. “Quero agradecer ao comandante-geral da Polícia e apelar aos nossos compatriotas de todo o país: não queremos violência”, reiterou Forquilha, sublinhando a importância de uma colaboração eficaz entre os manifestantes e a força policial para garantir a segurança de todos.
Por seu lado, Bernardino Rafael, comandante-geral da PRM, assegurou que a Polícia está em alerta para qualquer ato de vandalismo. “A verdade é que não aceitamos manifestações violentas. Qualquer manifestação tem que ser previamente comunicada à Polícia”, declarou, reiterando a importância da comunicação entre os organizadores das manifestações e as autoridades.
A conferência de imprensa culminou numa demonstração de harmonia entre os dois líderes, com um abraço simbólico que reforçou a mensagem de paz e colaboração.
A expectativa é que as manifestações, que se avizinham, sejam um espaço para a expressão pacífica das opiniões da população, sem comprometer a segurança pública e a ordem social.
Os cidadãos são, assim, convocados a participar de forma ordeira, contribuindo para a construção de um ambiente de diálogo e respeito mútuo em Moçambique.