O Partido Povo Optimista Para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) expressou a sua profunda indignação face ao atropelamento de uma cidadã de 29 anos ocorrido na cidade de Maputo, durante as manifestações.
O incidente foi protagonizado por um veículo militar, o que levantou questões sobre a actuação das forças de segurança durante as manifestações.
Em comunicado de imprensa, o PODEMOS exigiu a divulgação dos nomes dos indivíduos que se encontravam na viatura responsável pelo atropelamento e pediu a instauração de um processo-crime contra os mesmos. A formação política considera que a transparência e a responsabilização são fundamentais para restaurar a confiança nas instituições do país.
Além disso, o partido apelou à demissão de várias figuras de destaque nas forças armadas e na justiça, incluindo o Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS), a Procuradora-Geral da República (PGR), e o Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM). O PODEMOS argumenta que estas demissões seriam um passo necessário para a reposição da ordem e para assegurar que as instituições estejam verdadeiramente ao serviço do povo moçambicano.
Em relação ao incidente, o Estado Maior-General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique confirmou a ocorrência do atropelamento, classificando-o como acidental. A viatura militar estava envolvida numa missão de protecção de objectivos económicos essenciais e na limpeza e desbloqueio das vias de circulação, no contexto das manifestações. O Estado Maior lamentou o sucedido e comprometeu-se a assumir todas as responsabilidades relacionadas com a assistência médica e psicológica da vítima.
