O Instituto de Comunicação Social da África Austral (MISA) Moçambique expressou sua preocupação com a recente convocação de manifestações programadas para uma duração de sete dias, destacando a falta de uma estrutura organizacional formal em um contexto marcado por elevados níveis de polarização política.
Em declarações à Rádio Moçambique, o presidente da instituição, Jeremias Langa, enfatizou os riscos associados a essas manifestações, que podem conduzir à violação de direitos humanos. Langa sublinhou a importância de que o direito à manifestação seja exercido de forma responsável e organizada pelos cidadãos moçambicanos.
“É preciso que o exercício do direito à manifestação seja plenamente exercido, mas com organização. Criar um caos pode colocar em risco bens patrimoniais de pessoas. Observámos na última manifestação que armazéns foram invadidos e bens de privados foram pilhados, causando prejuízos significativos. Portanto, nenhum direito deve ser exercido em detrimento dos direitos de outros cidadãos,” afirmou Langa.
O MISA Moçambique reiterou a sua posição de defesa dos direitos humanos e da liberdade de expressão, mas alertou para a necessidade de um diálogo construtivo e de um ambiente de segurança que permita a todos os cidadãos exercerem os seus direitos sem comprometer a integridade dos outros.
Com a crescente tensão política no país, a organização apela a todas as partes envolvidas para trabalharem em conjunto de forma a assegurar uma convivência pacífica e respeitosa, evitando que a polarização actual leve a situações de violência ou desordem pública.